O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) determinou, nesta quarta-feira (4), a suspensão das atividades de uma fábrica da Coca-Cola em Fortaleza (CE) após a identificação de um vazamento no sistema de resfriamento da linha de produção, o que levantou suspeitas de possível contaminação nos produtos.
Segundo o ministro Carlos Fávaro, apesar da preocupação inicial, não há evidência de risco à saúde pública.
“A indústria não usa monoetilenoglicol ou dietilenoglicol — substâncias proibidas no Brasil e que causaram tragédias em casos anteriores —, mas sim etanol de grau alimentício, o que reduz significativamente a possibilidade de perigo”, explicou.
Como medida preventiva, aproximadamente 9 milhões de litros de bebidas foram retidos nos estoques da fábrica e passarão por análises laboratoriais. A liberação dos lotes só ocorrerá após a confirmação de que não há risco de contaminação.
A paralisação da produção e do envase foi determinada após inspeção técnica que identificou o contato acidental entre o refrigerante em elaboração e o líquido utilizado no resfriamento.
O Ministério da Agricultura frisou que, mesmo em caso de contaminação, a substância envolvida não é tóxica, mas os procedimentos visam garantir segurança total aos consumidores.
Por meio de nota oficial, a Solar informou que os alimentos possuem certificações de segurança e garantiu que respeita todos os protocolos de controle sanitário, a fim de entregar o melhor produto aos consumidores.
Reiteramos que somos uma empresa certificada pela FSSC 22000 de segurança de alimentos e pela ISO 9001 de gestão da qualidade, pela ISO 14001 de gestão ambiental e pela ISO 45001 de gestão de saúde e segurança. Atendemos aos mais altos padrões produtivos internacionais e em conformidade com rígidos protocolos de controle sanitário em todas as etapas. As nossas licenças de operação seguem válidas e atuais, além de sermos submetidos continuamente a auditorias externas e internas”, escreveu a Solar.
Coca-Cola garante segurança dos produtos e reforça protocolos
Em nota oficial, a Solar Coca-Cola, fabricante responsável pela unidade, afirmou que a suspensão ocorreu em alinhamento com o Mapa e que “testes rigorosos estão sendo conduzidos para comprovar a segurança dos produtos”. A empresa destacou que todas as demais operações seguem funcionando normalmente.
“Estamos empenhados em retomar as atividades o mais rápido possível. Seguimos os mais altos padrões internacionais de qualidade e segurança alimentar em todas as etapas da produção”, declarou a empresa.
A Solar reiterou que os consumidores não precisam se preocupar, já que os produtos suspeitos não chegaram a ser distribuídos ao mercado e permanecem em estoque para análise.