A multinacional Whirlpool, detentora das marcas Consul e Brastemp, anunciou o fechamento de sua fábrica localizada em Pilar, na Argentina. O anúncio foi feito nesta quarta-feira, 26 de novembro, e integra a estratégia da empresa de revisar e aprimorar sua estrutura produtiva.
A fábrica, inaugurada no final de 2022 com um investimento de US$ 52 milhões, tinha a capacidade de produzir 300.000 máquinas de lavar por ano.

A decisão da Whirlpool ocorre em um clima econômico desfavorável na Argentina, agravado pelas medidas fiscais adotadas pelo governo de Javier Milei. Em 2024, a inflação anual no país chegou a 117,8%. Este cenário incentiva multinacionais a reavaliar suas operações na Argentina.
Empresas estrangeiras reavaliam presença na Argentina
O fechamento da fábrica não é um caso isolado. Outras empresas de grande porte também revisitam sua atuação no mercado argentino diante da instabilidade econômica. Entre elas, o Burger King anunciou a venda de suas operações no país como parte de uma estratégia ampliada de desinvestimento que inclui o Chile e o México.
Essas decisões são direcionadas pela falta de previsibilidade nas políticas econômicas locais.
Além do Burger King, a Carrefour está explorando a venda de ativos na região, sinalizando um movimento de cautela e reavaliação diante do ambiente econômico incerto.
Estratégias da Whirlpool
Apesar do fechamento da fábrica em Pilar, a Whirlpool informou que continuará suas operações por meio da importação, comercialização e distribuição de produtos. Esta abordagem visa manter o atendimento ao consumidor local, sem impactar a disponibilidade de seus produtos no mercado argentino.
A companhia sustenta uma estrutura de equipe que se mantém ativa há 35 anos no país, abrangendo cerca de 100 a 120 funcionários.




