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Governo agiu na surdina e proibiu o Google Maps no país. Entenda!

Por Pedro Silvini
11/08/2025
Em Geral
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Google Maps

(Reprodução/IStock)

Um dos países mais avançados tecnologicamente do mundo, a Coreia do Sul surpreende turistas e usuários estrangeiros com uma limitação inusitada: o Google Maps não funciona plenamente no território. A ferramenta, onipresente no planeta, não oferece rotas de carro, bicicleta ou a pé, nem informações de trânsito em tempo real, como faz no Brasil. E, apesar das promessas de revisão, o governo coreano voltou a adiar uma decisão sobre liberar ou não o acesso integral aos dados de mapeamento.

Desde 2007, a Coreia do Sul mantém leis que impedem a exportação de mapas detalhados — conhecidos como 1:5000 — para servidores no exterior. O argumento oficial é a proteção de infraestrutura estratégica contra possíveis ameaças, sobretudo da Coreia do Norte.

Google, Apple e outros gigantes já tentaram derrubar a regra, oferecendo medidas como borrar áreas sensíveis, mas esbarraram em barreiras legais e na resistência de associações locais de geoinformação. Pesquisas internas apontam que 90% das empresas do setor se opõem à liberação, temendo a dominação do mercado por companhias estrangeiras.

Screenshot da tela do Google Maps (Reprodução/Korea Herald)

Turismo e economia

O impacto é sentido principalmente por turistas e startups. Segundo a Korea Tourism Organization, as reclamações relacionadas ao Google Maps aumentaram 71% no último ano, representando quase um terço de todas as queixas sobre aplicativos.

O mercado de serviços baseados em localização na Coreia do Sul movimenta mais de 11 trilhões de won (cerca de US$ 7,6 bilhões) e é dominado por plataformas nacionais como Naver e Kakao, que seguem regras rígidas: manter dados em servidores domésticos, pagar tributos locais e investir em desenvolvimento próprio.

Soberania digital em disputa

Especialistas afirmam que o debate já não é apenas técnico ou militar, mas político e econômico. “Hoje, imagens de alta resolução da Coreia podem ser compradas de fornecedores privados. O que está em jogo é o controle sobre a infraestrutura digital e as regras de operação”, afirma Yoo Ki-yoon, professor de infraestrutura de cidades inteligentes da Universidade Nacional de Seul.

A decisão do governo, agora prevista para outubro, será um teste sobre até onde democracias podem conciliar soberania digital, inovação e abertura econômica. Enquanto isso, a Coreia segue no seleto grupo de países — ao lado de China e Coreia do Norte — onde o Google Maps não mostra o caminho.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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