Os Estados Unidos intensificaram os esforços para prender Nicolás Maduro, presidente da Venezuela, ao oferecer uma recompensa de até US$ 25 milhões (cerca de R$ 140 milhões) por informações que levem à sua captura.
Anunciada na última segunda-feira, 28 de julho, pela Administração de Repressão às Drogas (DEA), a medida visa combater o narcotráfico que, segundo os EUA, é liderado por Maduro através do Cartel de Los Soles. Esta ação ocorre após a designação do grupo como uma organização terrorista internacional.
Além de Maduro, o Departamento de Justiça dos EUA também busca Diosdado Cabello Rondón, ministro do Interior, e Vladimir Padrino López, ministro da Defesa venezuelano. Ambos enfrentam acusações de conspiração para o narcotráfico, tráfico de cocaína e uso de armas.
As autoridades americanas declararam que o Cartel de Los Soles corrompeu instituições estatais para facilitar o envio de drogas aos Estados Unidos.
Recompensa e suas motivações
A oferta de recompensa se insere na estratégia americana de pressionar o regime, não o reconhecendo como legítimo e classificando Maduro como um ditador.
Este esforço é parte de uma tática mais ampla para desestabilizar o regime, que tem sido apoiado por Rússia e China, países que o governo dos EUA considera ameaçadores à sua segurança nacional.
O aumento na recompensa foi anunciado após as eleições de 2024, as quais foram amplamente contestadas por organizações internacionais e governos. Esse resultado reforçou a visão americana de que o regime bolivariano perdeu sua legitimidade ao manter aliados em cargos estratégicos por meio de processos eleitorais duvidosos.
Operações do Cartel de Los Soles
O Cartel de Los Soles, identificado como um grupo criminoso desde o final da década de 1990, é acusado de facilitar o tráfico de drogas para os Estados Unidos com a colaboração de oficiais das Forças Armadas da Venezuela.
A designação ocorreu em 25 de julho e foi defendida pelos Estados Unidos como uma resposta necessária a uma ameaça significativa. Entretanto, o governo venezuelano denuncia que essas ações são parte de uma ofensiva para desestabilizar o país sob a justificativa do combate ao narcotráfico.