A modalidade de trabalho Home Office (“Escritório em casa”) já vinha crescendo nos últimos anos, mas ela se tornou a única saída para muitas empresas durante a pandemia de Covid-19. Porém, o trabalho remoto vem sendo abandonado por várias empresas…
Em 2021, segundo estudo da Fundação Getulio Vargas (FGV), 57,5% das empresas no Brasil estavam em home office de forma parcial ou total. Em outubro de 2022, esse percentual tinha caído para 32,7%, de acordo com matéria do g1. Ainda segundo a FGV, o percentual de trabalhadores com um dia em home office era de 55,5% em 2021 e caiu para 34,1% em 2022.
De acordo com uma matéria da Forbes, os modelos de trabalho flexíveis podem estar com os dias contados. A CEO e fundadora da startup Remota, Sylvia Hartmann, afirmou para a Forbes que a maioria das empresas vai reduzir a prática home office a algo esporádico. “Um dia por semana em casa ou concessões limitadas pelos gestores”, explicou a CEO.
Empresas como AT&T, Amazon e JPMorgan começaram a exigir que seus funcionários voltem para o escritório cinco dias por semana (nada de modalidade híbrida). Especialistas acreditam que essas empresas devem ser as primeiras e que muitas outras devem aderir a esse movimento.
Um relatório da plataforma Gupy revela que o número de vagas presenciais ofertadas passou de 55,4 mil em abril de 2023, a 87,1 mil no mesmo mês de 2024.
Por que empresas estão largando o home office?
Empresários como JPMorgan, da Amazon, e o bilionário Elon Musk defendem que o trabalho remoto impede a colaboração e a inovação. “Quando queremos realmente inovar em produtos interessantes, eu ainda não vi a capacidade de fazer isso sem estarmos presencialmente”, declarou o CEO da AWS e um dos líderes da Amazon, Matt Garman.
Ao mesmo tempo, uma pesquisa da FIA Business School e da Faculdade de Economia e Administração da Universidade de São Paulo afirma que a qualidade e produtividade no home office foi igual ou superior ao trabalho presencial para 88% e 91% dos entrevistados.