O “Jogo do Tigrinho” e seus semelhantes se espalharam pela internet com suas promessas de dinheiro rápido e fácil, e já se tornaram quase sinônimo de golpe (até música usa o termo nesse tom). Mas também já surgiram os “variantes” do tigrinho: as raspadinhas digitais.
A equipe de uma matéria da Agência Lupa identificou pelo menos 20 páginas irregulares de raspadinhas digitais, sem nenhum tipo de regulamentação a nível federal ou estadual. Inclusive, essas páginas foram promovidas na Meta (dona do Facebook, WhatsApp e Instagram) em mais de 300 anúncios pagos.
“A era do Tigrinho acabou. A nova febre é a raspadinha online! Instale sua própria plataforma em 10 minutos e comece a lucrar hoje”, anunciava uma das páginas.
Um dos perfis dessas raspadinhas contava com 80 mil seguidores até 11 de agosto, não possuía CNPJ, autorização da Caixa Econômica Federal ou de qualquer outro órgão e tinha sido criado há apenas um mês. A Lupa também encontrou uma reclamação de um usuário no Reclame AQUI, que contou não ter conseguido sacar os valores na plataforma.
Essas raspadinhas também têm anúncios irregulares que usam de forma indevida a imagem de famosos, como um anúncio do Facebook com o apresentador Ratinho, identificado pela Lupa.
O que é o “Jogo do Tigrinho”?
Apelidado de “Jogo do Tigrinho” pelos brasileiros, o nome oficial é Fortune Tiger. Trata-se de um jogo de caça-níquel para celulares criado pela empresa de softwares PG Soft. Os jogos em máquinas de caça-níquel são proibidos por lei no Brasil, mas uma lei de dezembro de 2023 autorizou a versão desses jogos em celular.