O céu noturno ganhou uma nova companhia — ainda que invisível para a maioria de nós. Astrônomos confirmaram a descoberta de 2025 PN7, um asteroide de 19 metros de diâmetro que passará a compartilhar a órbita da Terra pelos próximos 58 anos, funcionando como uma espécie de “segunda lua” do planeta.
O objeto, batizado de quase-lua, foi detectado em agosto de 2025 pelo observatório Pan-STARRS, localizado em Haleakala, no Havaí. A confirmação foi publicada pela Sociedade Astronômica Americana. Apesar da empolgação nas redes sociais com a ideia de “duas luas”, os cientistas explicam que o corpo celeste não orbita diretamente a Terra, mas segue uma trajetória semelhante à do nosso planeta em torno do Sol.
Diferente de um satélite natural, como a Lua, uma quase-lua não está presa gravitacionalmente à Terra. Ela apenas compartilha a mesma rota orbital, parecendo acompanhar o planeta em seu percurso. Esse tipo de movimento cria uma ilusão visual de órbita, embora o objeto, na verdade, orbite o Sol.
De acordo com os pesquisadores, o 2025 PN7 pertence ao grupo de asteroides Arjuna, caracterizado por trajetórias próximas à da Terra. Ele permanecerá nessa configuração até cerca de 2083, quando deve se afastar gradualmente e desaparecer de vista.
Watch Earth’s newest quasi-moon in motion. 🌍🌀 The new paper “Meet Arjuna 2025 PN7” confirms #asteroid 2025 PN7 is trapped in a quasi-satellite orbit, looping around Earth (in a rotating frame) from the 1960s to the 2080s. iopscience.iop.org/article/10.3…
— Tony Dunn (@tony873004.bsky.social) 21 de outubro de 2025 às 16:13
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Visível apenas por telescópios
Apesar do nome poético, a nova “lua” não será visível a olho nu. O 2025 PN7 tem magnitude 26, o que o torna extremamente tênue, sendo perceptível apenas com telescópios potentes utilizados em pesquisas astronômicas.
Segundo especialistas, o pequeno asteroide provavelmente se formou no cinturão principal de asteroides e foi capturado temporariamente pela gravidade terrestre. Embora sua presença não represente nenhum risco para o planeta, ela marca um fenômeno raro e fascinante, que amplia o conhecimento sobre a dinâmica dos corpos próximos à Terra.




