O salmão, um dos peixes mais populares do mundo e presença constante na mesa de milhões de brasileiros, tem sido alvo de crescente preocupação entre especialistas em saúde e meio ambiente. Estudos recentes indicam que o peixe pode representar um risco maior do que se imagina, especialmente quando criado em cativeiro.
Naturalmente, o salmão abriga mais de 70 tipos de parasitas, resultado de seu ciclo de vida. Quando jovem, ele vive próximo às áreas costeiras, onde entra em contato com mamíferos marinhos que perpetuam o ciclo desses organismos. Embora a maioria desses parasitas seja inofensiva após o cozimento ou o processo de enlatamento, o verdadeiro problema está nas condições de criação em fazendas de aquicultura.
Nos criadouros, o salmão é alimentado com uma ração industrializada composta por farinha de peixe e aditivos químicos. Para prevenir doenças, é comum o uso de pesticidas e antibióticos, que acabam se acumulando na carne e, por consequência, são consumidos pelos seres humanos.
Trabalhadores dessas instalações precisam usar roupas e equipamentos de proteção devido à presença de substâncias tóxicas utilizadas para manter a limpeza dos tanques. O paradoxo, segundo especialistas, é que os produtos aplicados para proteger os peixes podem acabar prejudicando os consumidores.
Diferença entre o salmão selvagem e o de cativeiro
Há uma distinção significativa entre o salmão selvagem, pescado em seu habitat natural, e o salmão de cativeiro, o mais comum nos supermercados. O primeiro se alimenta de forma natural e apresenta um perfil nutricional mais equilibrado, com menor teor de gordura nociva e contaminantes.
Já o salmão de criação costuma conter mais calorias e compostos tóxicos. Em média, 100 gramas de salmão cultivado têm cerca de 212 calorias, contra 115 calorias da mesma porção de salmão selvagem.
Apesar das advertências, o consumo segue alto devido à fama do peixe como fonte de ômega-3, um ácido graxo associado à saúde do coração e do cérebro. No entanto, alguns especialistas recomendam buscar alternativas mais seguras, como a sardinha, que também é rica em ômega-3 e apresenta menos riscos de contaminação.




