A recente autoridade da Medida Provisória nº 1.300/2025 pode alterar o futuro da energia solar no Brasil, com mudanças significativas. Sancionada em 17 de setembro, essa medida visa reformular normas do setor elétrico. As principais dúvidas são sobre as novas diretrizes tarifárias e as implicações para a atração econômica do segmento solar.
Com a nova legislação, a Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL) pode implementar tarifas que incluem custos além da energia consumida. Anteriormente, a compensação por energia solar gerada era integral. Agora, as alterações podem reduzir a atratividade econômica da energia solar, influenciando investimentos e ameaçando pequenos produtores.
Ampliação do acesso ao mercado livre de energia
Apesar das preocupações com a energia solar, a MP traz expansão no acesso ao mercado livre de energia. Inclui isenções na conta de luz para famílias de baixa renda e permite que mais consumidores escolham seus fornecedores.
Contudo, a reforma tarifária pressiona a indústria com um aumento significativo nos custos energéticos.
Desafios para a indústria
A indústria brasileira enfrenta um aumento de aproximadamente 20% nos custos de energia. Isso se deve a mudanças tarifárias que incluem consumidores livres no rateio de despesas, antes restritas a consumidores cativos, além da retirada de subsídios tarifários.
O fim do desconto na “tarifa-fio” afeta grandes consumidores que utilizam energia de fontes renováveis.
Adaptação ao novo cenário regulatório
O centro dessas transformações inclui a ANEEL, responsável por definir novas regras tarifárias. A Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) será fundamental para gerir a dinâmica dos contratos.
Distribuidoras precisarão se adaptar à separação contratual e contábil, implementando inovações tecnológicas necessárias ao novo mercado.