As noites tranquilas podem esconder um risco para a saúde cerebral. Estudos nos Estados Unidos sugerem que o zolpidem, medicamento utilizado para tratar insônia, poderia aumentar o risco de desenvolver demência. Pesquisadores indicam que o uso contínuo interfere na eliminação de toxinas do cérebro, comprometendo funções cognitivas. Os cientistas da Universidade de Rochester, nos Estados Unidos, publicaram na revista Cell.
Durante o sono, o cérebro elimina resíduos tóxicos. No entanto, o uso prolongado de zolpidem pode afetar esse processo. Isso pode levar ao acúmulo de proteínas associadas a doenças cognitivas, incluindo o Alzheimer.
Embora não haja evidências concretas em humanos ligando diretamente o zolpidem a alterações no sistema glinfático, esse aspecto é uma preocupação entre os cientistas.
Pesquisa e estatísticas relevantes
Um estudo da Universidade da Califórnia indicou que idosos brancos que frequentemente tomam medicamentos para dormir têm uma probabilidade 79% maior de desenvolver demência em comparação com aqueles que não o fazem.
No entanto, não foi encontrado um estudo específico confirmando essa estatística exata para o zolpidem. Dados sobre o impacto do zolpidem são majoritariamente oriundos de investigações em animais.
Alternativas para insônia
Enquanto se aguardam mais estudos em humanos, especialistas recomendam abordagens não farmacológicas para tratar a insônia. Métodos como terapia cognitivo-comportamental, higiene do sono e técnicas de relaxamento são eficazes e apresentam menos riscos quando comparados a medicamentos.
Essas alternativas têm respaldo científico e são indicadas principalmente para idosos.