Um tema que preocupou os brasileiros no último ano foi o aumento no preço dos alimentos, principalmente das carnes. O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou que o grupo de alimentos e bebidas teve um aumento de preços de 7,69% ao longo de 2024. São Paulo foi a terceira capital com o maior aumento: uma taxa de 10,07%, segundo o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) do IBGE.
As capitais que ficaram na frente foram Campo Grande, do Mato Grosso do Sul, que teve um aumento de 11,3% e Goiânia, de Goiás, com 10,65%. A capital o menor aumento foi Porto Alegre, do Rio de Grande: 2,89%.
Segundo o Terra, essas três cidades têm em comum o hábito de consumir muita carne bovina, o que explica elas terem saído na frente na lista. A carne bovina foi um alimentos que mais aumentou de preço nos últimos meses. Na capital paulista, foi um aumento de 26,54%.
Por que os alimentos estão aumentando de preço?
Um dos fatores principais para o aumento do preço dos alimentos é a crise climática. “A gente teve uma forte estiagem, ondas de calor, seca em diversas regiões do país, o que intensificou os efeitos da entressafra, quando as pastagens ficaram ainda mais restritas”, explicou o analista do IBGE André Almeida para o Agência Brasil.
Ele completou que parte da inflação no preço das carnes também pode ser associada ao próprio ciclo da pecuária. Em certos períodos, existem menos animais para o abate, o que reduz a oferta e, consequentemente, aumenta os preços.
Outro fator que impactou a mesa dos brasileiros foi a alta do dólar e a desvalorização do real perante à moeda norte-americana. Com o aumento do dólar, os produtores preferem destinar mais da produção para a exportação, já que irão receber em dólar, o que diminui a oferta interna. Novamente: quando a oferta é menor, os preços sobem.