Nesta quinta-feira (11), o Supremo Tribunal Federal condenou o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e mais sete réus pelo plano de golpe de estado. Dos cinco ministros, apenas Luiz Fux votou contra a condenação, com Alexandre Moraes, Flávio Dino, Cármen Lúcia e Cristiano Zanin votando a favor.
Ao lado de Bolsonaro, os outros réus do processo, de acordo com a CNN Brasil, são:
- Alexandre Ramagem, deputado federal (PL-RJ) e ex-diretor-geral da Abin (Agência Brasileira de Inteligência);
- Almir Garnier, almirante de esquadra que comandou a Marinha no governo de Bolsonaro;
- Anderson Torres, ex-ministro da Justiça de Bolsonaro;
- Augusto Heleno, ex-ministro do GSI (Gabinete de Segurança Institucional) de Bolsonaro;
- Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Paulo Sérgio Nogueira, ex-ministro da Defesa de Bolsonaro;
- e Walter Souza Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil no governo de Bolsonaro, e candidato a vice-presidente em 2022.
STF revela pena de Bolsonaro
Há menos de uma hora, o STF anunciou a sentença do ex-presidente. Bolsonaro foi condenado a 27 anos e três de prisão, tendo sido considerado culpado de cinco crimes:
- Organização criminosa armada;
- Tentativa abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
- Golpe de estado;
- Dano qualificado contra o patrimônio da União;
- Deterioração de patrimônio tombado.
De acordo com o UOL, o ministro relator do caso, Alexandre de Moraes, citou a idade do ex-presidente, atualmente com 70 anos, como justificativa para não aplicar a pena máxima dos crimes aos quais ele foi condenado. Moraes declarou que Bolsonaro ajudou a induzir a população a ir contra o sistema brasileiro, destacando que, o que se espera de um presidente eleito democraticamente, é que ele “se paute com mais rigor”, o que “infelizmente não aconteceu”.