Realizada no Parque do Palácio – antigo Palácio das Mangabeiras –, na região Centro-Sul de Belo Horizonte, a 27ª edição da Casacor Minas está na reta final de montagem. O espaço de 12 mil metros quadrados, aos pés da Serra do Curral, abrigará 50 ambientes. A organização da mostra espera receber mais de 70 mil pessoas – público de 2019 – entre os dias 9 de agosto e 25 de setembro. Cerca de mil pessoas estão envolvidas na produção do evento, que privilegia fornecedores locais.

Com o tema “Infinito Particular”, a Casacor tem, entre as muitas novidades, o uso compartilhado do Parque, que continuará com parte do espaço aberto ao público amplo e, ao lado, a bilheteria da Mostra.

De acordo com um dos diretores da Casacor Minas, Eduardo Faleiro, o tema diz respeito às casas biográficas, que vão além do estilo, mas que priorizam o bem-estar completo das pessoas.

“O tema privilegia a arquitetura e convida os profissionais a trabalhar com as suas referências pessoais e profissionais, indo além do mais significativo em termos de criatividade, mas também refletindo sobre o desenvolvimento humano”, explica Faleiro.

Tradicionalmente a Casacor desenvolve ações com foco na sustentabilidade do evento – como o uso de energia fotovoltaica já há alguns anos – e na transmissão dos conceitos de responsabilidade ambiental e social. Esse ano, segundo a também diretora da Casacor Minas, Juliana Grillo, impactada pelo debate em torno da possibilidade de mineração da Serra do Curral, a mostra quer ser também um espaço que revele e reflita sobre a importância da Serra como ícone natural, histórico e cultural da cidade, acrescido da sua relevância econômica para a Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH).

“Estar aqui, aos pés da Serra do Curral, símbolo maior da cidade, é uma grande honra. Nos preocupa muito a conservação da serra e o fato de fazermos o evento aqui levanta essa situação para todo o mundo. Temos que cuidar dela todos os dias. Essa serra é muito importante para a cidade em todos os sentidos – não apenas esteticamente, mas economicamente”, destaca Juliana Grillo.

O privilégio de acontecer em um espaço aberto e rico em natureza não tira da organização do evento as preocupações com a pandemia. As lições deixadas pela tragédia humana e econômica dos últimos dois anos têm reflexos diretos sobre a gestão de qualquer evento de grande porte.

“A pandemia ainda está sendo um aprendizado e as fichas ainda estão caindo. Tanto por parte dos promotores, que têm o maior cuidado na realização dos eventos, com atenção ao fluxo dos visitantes, higienização das áreas comuns e o controle de bilheteria. Foi um aprendizado para os profissionais no sentido da preservação do planeta, com uma construção mais limpa e fornecedores preocupados que os seus produtos possam ser colocados e retirados com responsabilidade, viabilizando a economia circular. Essa questão está, mais do que nunca, enfronhada na cabeça dos profissionais e dos fornecedores”, afirma a diretora.

Para o presidente da Câmara de Diretores Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), Marcelo Souza e Silva, eventos como a Casacor Minas movimentam a Capital, atraindo não só a população da cidade, mas também do Estado e do País.

“Eventos como este, nesse ambiente maravilhoso que junta arquitetura, paisagismo, gastronomia e natureza, em um espaço que até há pouco tempo não era aberto ao público, trazem movimento para a hotelaria, bares e restaurantes, comércio em geral e os serviços de Belo Horizonte, permitindo ganhos econômicos e sociais”, avalia Souza e Silva.