My Mall implanta empreendimento no bairro Monte Azul da Capital

15 de junho de 2021 às 0h27

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O centro comercial ocupará área de 5 mil metros², sendo 2 mil para a locação de lojas com 91 vagas para estacionamento | Crédito: Divulgação

As medidas de isolamento social, que duraram mais de um ano, obrigando pessoas a restringirem seu trânsito aos limites de seu bairro, aceleraram o processo de centralidade das grandes metrópoles modernas como Belo Horizonte. A cidade se fragmenta em pequenos centros locais, com infraestrutura de serviços e comércio adequados, que dispensam a população local de se deslocar ao centro.

Apostando nesta tendência de ressignificar áreas residenciais, a My Mall, empresa consolidada há nove anos no mercado de desenvolvimento de áreas comerciais e de entretenimento, lançou o My Mall Power Parque Cerrado, que está sendo construído, em parceria com a Emccamp Residencial, próximo ao bairro Monte Azul, região Norte de Belo Horizonte, na divisa com Santa Luzia.

Com investimentos de R$ 7 milhões, o empreendimento contará com 12 unidades, sendo uma loja-âncora já firmada com o Supermercados BH e uma filial da padaria MixPão. O centro comercial ocupará área de 5 mil metros quadrados, sendo 2 mil para a locação de lojas. 91 vagas para estacionamento, com 10 exclusivas para motocicletas e uma destinada a carga e descarga. As obras foram iniciadas em maio e a previsão de inauguração é no fim deste ano.

O My Mall Power fica na entrada do Parque Cerrado, bairro planejado pela Construtora Emccamp, e contará com 2.280 unidades habitacionais, distribuídas em 12 condomínios, com conclusão prevista para novembro. A localização é facilitada pelas vias do Setor Norte (fica a 10 minutos da estação São Gabriel e da avenida Brasília) e pela MG-020, grande avenida ligando BH a Santa Luzia.

Entre os principais diferenciais do My Mall Power Parque Cerrado, estão lojas com pé-direito duplo, projeto paisagístico e design modernos, wi-fi nas áreas comuns, iluminação em LED, que gera economia de energia, e estacionamento amplo. “A infraestrutura de comércio será completa, com conforto, comodidade e segurança para os clientes. O centro comercial também atenderá toda a região, em função do fácil acesso, da excelente localização e do amplo estacionamento”, explica o supervisor comercial da My Mall, Leonardo Gomes.

“É uma oportunidade para empreendedores e investidores que buscam um negócio rentável, se contabilizarmos ao menos duas pessoas por cada unidade do Parque do Cerrado. O fluxo será alto, com mais de 4 mil pessoas circulando pela porta do centro comercial diariamente. Quase todos os segmentos essenciais podem ser oferecidos e apostamos, principalmente, nos setores de alimentação, estética e drogarias”, acrescenta.

Leonardo Gomes destaca também que a parceria com a Emcamp assinala uma tendência, pois todo grande empreendimento requer uma área comercial. “Temos interesse em projetos desse tipo e a concretização de novos negócios só depende de estudo de viabilidade, em relação aos custos de implantação e ao público a ser atendido pelo street mall. Atualmente, ter um comércio e prestadores de serviços perto de casa é um grande atrativo”, pontua.

Ele destaca ainda que a possibilidade de contratação de mão de obra local é um atrativo para o comércio. “Além dessa possibilidade, que é muito boa tanto para o lojista quanto para o morador, já temos casos de moradores que pretendem instalar seus negócios no My Mall Power Parque do Cerrado e, assim, trabalharem perto de casa”, concluiu.

O Parque Cerrado atende as faixas 1,5 e 2 do Programa Casa Verde e Amarela (antigo Minha casa, minha vida”), em um loteamento de 500 mil m². quadrados com previsão de áreas destinadas a equipamentos públicos, ruas e avenidas e toda a infraestrutura de um bairro. O residencial possui apartamentos de dois e três quartos, sala, banho social, cozinha e área de serviço, que vão até 55m². O empreendimento está com 50% das unidades vendidas.

Nova tendência

A centralidade é um rearranjo urbano em escala mundial para enfrentar o desequilíbrio de concentração de serviços, oportunidades e equipamentos públicos nos centros das grandes metrópoles, que causam o deslocamento diário de massas de pessoas por grandes trajetos. Por meio do planejamento do poder público com a iniciativa privada, são estimuladas formas diversas de uso e ocupação de regiões anteriormente restritas à moradia. Ao mesmo tempo, nas áreas tradicionalmente concentradas no setor de serviços, políticas públicas que desenvolvam moradias de baixa renda.

O arquiteto e urbanista Sérgio Myssior, professor convidado da Fundação Dom Cabral, avalia que a tendência começou a ganhar corpo na Região Metropolitana de Belo Horizonte (RMBH) no início deste século, com as pesquisas de origem e destino publicadas em 2002 e 2012, atualizadas desde então, que mapearam o deslocamento de pessoas.

“Junto com a pesquisa do IBGE, elas revelam que um terço da população de Neves, Betim, Contagem e Santa Luzia se desloca diariamente para estudar e trabalhar. O Plano Diretor de Desenvolvimento Integrado, iniciado em 2009 e concluído dois anos depois, permitiu novos arranjos metropolitanos e instrumentos para promover o processo de centralidade”, adianta. “O cenário futuro é de redução das necessidades dos grandes deslocamentos metropolitanos”, acrescenta.

Myssior observa também que a pandemia acelerou o processo de valorização da “hiperlocalidade”, na qual está inserido o Parque do Cerrado, não só em áreas de baixa renda como em bairros nobres “O que foi obrigatório durante a pandemia vai se continuar ocorrendo. As pessoas, em todas as faixas de renda, vivenciarem sua localidade. Consumindo e utilizando os serviços no entorno de sua própria residência”, disse.

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