• Buscar
  • Versão Impressa
  • DC Publicidade Legal
  • FAZER LOGIN
Assine

COTAÇÃO DE 16/06/2022

DÓLAR COMERCIAL

COMPRA: R$5,0260

VENDA: R$5,0260

DÓLAR TURISMO

COMPRA: R$5,1200

VENDA: R$5,2470

EURO

COMPRA: R$5,3076

VENDA: R$5,3108

OURO NY

U$1.834,05

OURO BM&F (g)

R$299,43 (g)

BOVESPA

+0,73

POUPANÇA

0,6602%

OFERECIMENTO

Opinião

O real cenário da baixa do PIB

COMPARTILHE

googlenews
  • Por Diário do Comércio
  • Em 1 de junho de 2019 às 00:01
Crédito: REUTERS/Amanda Perobelli

Fábio Astrauskas *

As análises sobre a economia brasileira têm se centrado no que é considerado o crescimento irrisório do PIB nos últimos dois anos. Há também os que lembram que os índices de aumento do PIB têm sido compatíveis com o crescimento da população. São constatações corretas quando se levam em conta apenas os números, mas merecem uma reflexão mais profunda para que se dê a verdadeira dimensão da preocupante situação do País.

PUBLICIDADE




O mercado, por exemplo, diminuiu a expectativa do PIB pela 7ª vez consecutiva para os anos de 2019 e 2020. O PIB deste ano, após mais uma queda, atinge o patamar de 1,45%, perdendo mais décimos em relação à última projeção. Para 2020, chegamos à marca de 2,2%. Claro, estamos falando de projeções e, dentro de um possível, tudo pode mudar. Aprovações de reformas estruturais modificarão positivamente o cenário. A rejeição delas e uma nova crise política podem acabar por matar o nosso PIB de vez.

Aliás, temos que lembrar que o Produto Interno Bruto, como o próprio nome revela, nos dá um quadro “bruto” da economia, ou seja, não leva em conta fatores de perda e depreciação que, quando incorporados, nos levam a um quadro bem mais preocupante para 2019, principalmente pelo desestímulo que representam para os investimentos.

Também é importante ressaltar a concentração de riqueza, que nos mostra de maneira clara quanto o “crescimento irrisório” tem beneficiado de maneira cada vez mais desigual a população. Quando falamos que o PIB cresceu 1,1% em 2018 é preciso sempre ter em vista que a ínfima parcela da população que detém a maior parte da renda convive com um crescimento bem maior, entre 3% e 5%, enquanto a imensa maioria vê sua renda cair (quando não desaparecer, com o aumento do desemprego). Quando a análise vai para esse lado, a constatação é que o País tem regredido, e não crescido (nem de maneira irrisória).

Ao ampliar a visão, portanto, temos um país que piora a cada ano, sem perspectivas de retomada de investimento privado nem público. E para que esse investimento volte é obrigatório que se faça a reforma da Previdência. É evidente que o governo gasta mais do que arrecada e não tem mais condições de aumentar os tributos. Portanto, reduzir gastos é a única saída para estancar a sangria das contas públicas e como a Previdência é a principal fonte de despesas governamentais, a reforma é mandatória e vai criar um cenário de confiança para os investidores.

PUBLICIDADE




Sem a reforma da Previdência não haverá recursos para os investimentos do Estado nem confiança para que os investidores privados voltem a colocar dinheiro no Brasil. Resultado: não se criam empregos, o PIB continuará a recuar para a maior parte da população e o governo não conseguirá pagar a dívida pública.

A reforma da Previdência, no entanto, não mais fará todo o milagre da volta do crescimento do PIB. Pois o PIB é composto por pelo menos 4 grandes variáveis: (a) consumo, (b) gastos do governo, (c) investimentos e (d) balança comercial. Nenhum deles atualmente com expectativas positivas.

Os primeiros meses de governo mostram o quanto a equipe econômica perdeu capacidade de estimular o consumo, maior responsável pelo PIB. Isto porque, não há ações coordenadas para crescimento do emprego, que é o gerador de consumo. Em vez de ações, o governo prefere questionar metodologias.

Os gastos do governo permanecerão congelados até que a reforma traga dinheiro. Mas enquanto isso, o pouco recurso é gasto em salários de servidores, muito acima da média nacional. Salários que não geram tanto consumo como se fossem destinados a novos empregos. Obras paradas e contratações de serviços suspensas quase zeram o estímulo para o crescimento.

O investimento é outro fator de desalento. Não importa o debate rançoso e desgastado entre direita e esquerda: o investidor quer regras seguras e liberdade para investir. A esquerda não oferecia regras seguras. A direita não parece se importar com a voz das minorias. Mas o investidor da quarta geração quer respeito e inclusão ativa das minorias. Discutir um mundo dicotômico, rosa/azul, esquerda/direita, Lula/Bolsonaro, não traz luz aos investidores. E não traz o dinheiro deles.

Para completar, a balança comercial também não irá contribuir consistentemente para o crescimento do PIB. Nossa pauta de exportações é de baixo valor agregado e a pouca manufatura que exportamos é destinada à Argentina. E ainda estamos em meio a batalhas tarifárias pelo mundo. Muito pouco para dar ânimo aos economistas.

Que o governo se apresse na aprovação da reforma previdenciária, mas que não se deixe enganar ou que não nos engane que isto será suficiente.

  • Economista e CEO da consultoria Siegen
  • Tags: Baixa do PIB, PIB, Produto Interno Bruto
Ao comentar você concorda com os Termos de Uso. Os comentários não representam a opinião do portal Diário do Comércio. A responsabilidade sob qualquer informação divulgada é do autor da mensagem.

COMPARTILHE

Comunicar Erro

NEWSLETTER

Fique por dentro de tudo que acontece no cenário economico do Estado

CONTEÚDO RELACIONADO

O governo arrecadou R$ 156,822 bilhões em abril, conforme os dados da Receita Federal | Crédito: PILLAR PEDREIRA / AGÊNCIA SENADO

Projetos no Senado buscam correção na tabela do IRPF

  • Por Diário do Comércio
  • Em 1 de abril de 2021
Hospitais de Minas Gerais recebem EPIs doados pela Vale

Vale doa kits de testes rápidos para Covid-19 para hospitais mineiros que atendem pelo SUS

  • Por Vale
  • Em 22 de maio de 2020
O complexo cloroquímico será implantado em área de 79 mil metros quadrados no bairro industrial de Uberlândia | Crédito: Divulgação

Uberlândia ganhará polo cloroquímico

  • Por Mara Bianchetti
  • Em 25 de junho de 2022
Prática elimina mau cheiro; serragem é usada como adubo | Crédito: Emater / Divulgação

Sistema de cama sobreposta reduz custos na suinocultura

  • Por Diário do Comércio
  • Em 25 de junho de 2022
O Assaí Betim possui estacionamento com mais de 380 vagas para automóveis e motocicletas | Crédito: Divulgação

Assaí inaugura loja na região metropolitana

  • Por Diário do Comércio
  • Em 25 de junho de 2022

OUTROS CONTEÚDOS

Facebook Twitter Youtube Instagram Telegram Linkedin

Sobre nós

Diário do Comércio: veículo especializado em Economia, Gestão e Negócios de Minas Gerais, referência para empresários, executivos e profissionais liberais.

Fale Conosco: contato@diariodocomercio.com.br

© Diário do Comércio. Todos os direitos reservados.
O conteúdo deste site não pode ser publicado, transmitido por broadcast, reescrito ou redistribuído sem autorização.

TERMOS DE USO | POLÍTICA DE PRIVACIDADE

Atendimento ao Leitor: (31) 3469-2001
De segunda a sexta-feira, das 08:00 às 17:00
Av. Américo Vespúcio, 1660 – Parque Riachuelo, Belo Horizonte – MG, CEP: 31230-250

Desenvolvido por Breno Ribeiro, Mara Bianchetti e Vitor Adler
Anterior
Próximo
  • Pesquisar
  • Ver artigos salvos
  • Movimento Minas 2032
  • Reformas por Minas
  • DC Publicidade Legal
  • CIEE
  • SME
  • Edição Impressa
  • Podcasts
  • Nossa História
  • Anuncie Conosco
  • Fale com a Redação
  • Expediente
  • Termos de Uso
  • Política de Privacidade

PRODUZIDO EM

MINAS GERAIS

COMPARTILHE

Comunicar erro

Identificou algo e gostaria de compartilhar com a nossa equipe?
Utilize o formulário abaixo!