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Combustível “fantasma” é descoberto no Brasil e escândalo está armado

Por Pedro Silvini
11/09/2025
Em Geral
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gasolina

Uma fiscalização da Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP) expôs um esquema de fraude que movimentava o setor de combustíveis no Brasil. A operação interditou a Ecológica Distribuidora de Combustíveis Ltda., em Iguatemi (MS), município a 439 km de Campo Grande, após a descoberta de um armazenamento inexistente — o chamado combustível “fantasma”.

De acordo com a ANP, 24 distribuidoras declaravam utilizar a base como matriz para cumprir a exigência mínima de 750 m³ de tancagem, mas o combustível não era estocado no local. A prática, conhecida como “barriga de aluguel” ou “base fantasma”, servia apenas no papel para que as empresas obtivessem autorização de funcionamento e expandissem filiais em outros estados, especialmente São Paulo, sem os custos de manutenção de uma estrutura real.

Revogações e processos

Do total de empresas envolvidas, cinco já tiveram suas autorizações de operação revogadas e outras 19 foram autuadas por fornecer informações falsas. Todas responderão a processos administrativos e poderão apresentar defesa. Segundo a Resolução ANP nº 950/2023, a autorização pode ser cancelada caso a base interrompa atividades por mais de 180 dias no total ou 90 dias consecutivos — exatamente o que ocorreu em Iguatemi, onde não havia movimentação desde julho de 2024.

Falhas de segurança

Além da fraude documental, a vistoria revelou graves irregularidades técnicas. O líquido gerador de espuma para combate a incêndios, que deveria ter 8 m³ disponíveis, contava com apenas 1,55 m³ — e ainda estava vencido. A bacia de contenção, fundamental para evitar vazamentos, também era menor que o exigido pela ANP, comprometendo a segurança da operação.

Ligação com o crime organizado

Parte das distribuidoras ligadas à base já havia sido citada na Operação Carbono Oculto, do Ministério Público de São Paulo, que apura fraudes fiscais e lavagem de dinheiro envolvendo o Primeiro Comando da Capital (PCC) no setor de combustíveis.

A ANP reforça que a fraude afeta diretamente os consumidores, já que distorce a concorrência e reduz a disponibilidade de produtos em regiões como Mato Grosso do Sul, obrigadas a conviver com estruturas de fachada.

A reportagem tentou contato com a Ecológica Distribuidora de Combustíveis Ltda., mas não obteve retorno até a publicação desta matéria.

Pedro Silvini

Pedro Silvini

Jornalista em formação pela Universidade de Taubaté (UNITAU), colunista de conteúdo social e opinativo. Apaixonado por cinema, música, literatura e cultura regional.

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