Segundo uma matéria do O Globo, o Brasil registrou dez mil casos de febre oropouche, doença transmitida pelo mosquito pólvora, em 2025. É um aumento de 56,4% em relação ao número de casos registrados no mesmo período do ano passado. A taxa de mortalidade é baixa: de dez mil casos, tivemos quatro mortes pela doença.
O boletim do Centro de Operações de Emergências (COE) para Dengue e outras Arboviroses revelou que a maior parte dos casos, cerca de seis mil, foi no estado do Espírito Santo. O segundo com mais casos foi o Rio de Janeiro (1,9 mil) e o terceiro, Ceará (573). “Transmissão ativa também foi registrada em Roraima, Rondônia, Amapá, Tocantins, Bahia, Minas Gerais, São Paulo, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina e Paraná”, diz o documento.
Febre Oropouche e o mosquito que transmite a doença
Causada pelo vírus Orthobunyavirus oropoucheense (OROV), a febre oropouche é transmitida majoritariamente por meio da picada do mosquito Culicoides paraensis, conhecido como mosquito-pólvora ou maruim. Esse mosquito inicialmente era mais encontrado na região amazônica, mas atualmente ele é encontrado em praticamente todo o país.
No geral, os sintomas da febre são bem parecidos com os da dengue:
- febre de início súbito;
- cefaleia prolongada e intensa (dor de cabeça);
- mialgia (dor muscular);
- artralgia (dor articular);
- tontura;
- dor retro-ocular;
- calafrios;
- fotofobia;
- náuseas;
- vômitos.
Como se prevenir da febre oropouche?
Confira as orientações do Ministério da Saúde:
- Utilizar mosquiteiros de malha fina em portas e janelas, com orifícios menores que 1 milímetro, para evitar a entrada de vetores;
- Usar roupas de mangas compridas e calças compridas, especialmente em casas onde houver uma ou mais pessoas doentes;
- Aplicar repelentes de insetos que contenham DEET nas áreas expostas da pele;
- Em situações de surto, evitar atividades ao ar livre durante o amanhecer e o anoitecer, quando a atividade dos vetores é maior;
- Buscar atendimento médico em caso de qualquer sintoma suspeito.