Uma descoberta notável na Amazônia está atraindo intensa atenção da comunidade científica: a identificação de uma nova espécie de serpente gigante. Com aproximadamente 7,5 metros de comprimento, a anaconda verde do norte, identificada recentemente, está redefinindo o entendimento sobre esses répteis.
A nova espécie, denominada Eunectes akayima, foi revelada durante uma expedição na região equatoriana da floresta amazônica, destacando a importância da conservação e biodiversidade no local.

Investigação na Amazônia
Pesquisadores da Universidade de Queensland, na Austrália, conduziram uma expedição em colaboração com comunidades indígenas locais, o que levou à descoberta. Durante o trabalho de campo, as equipes coletaram amostras que confirmaram uma diferença genética de 5,5% com a conhecida anaconda verde do sul (Eunectes murinus).
Os relatos das comunidades locais mencionam espécimes que podem atingir mais de 7,5 metros e até 500 kg.
A divergência genética entre essas duas espécies ocorreu há cerca de 10 milhões de anos. Essa diferenciação é significativa, sendo mais que o dobro da diferença genética encontrada entre humanos e chimpanzés, o que evidencia a singularidade desta serpente robusta.
Características distintivas
Sem possuir veneno, a anaconda verde do norte (E. akayima) é uma predadora que utiliza a técnica de constrição para capturar suas presas. A dieta inclui vertebrados aquáticos e terrestres. As fêmeas costumam ser maiores que os machos, e algumas podem exceder 200 quilos.
O habitat desta serpente estende-se pelo norte da Amazônia equatoriana e por partes da Colômbia, Venezuela e Guianas. Ela vive em águas rasas e quentes, onde sua coloração verde-oliva proporciona excelente camuflagem.