Na semana passada, a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária – emitiu um alerta sobre o risco da toxina botulínica, usada no botox, causar botulismo. Mas o que é essa doença? Quais os sintomas e as formas de transmissão?
Botulismo
Segundo o Ministério da Saúde, botulismo é uma doença neuroparalítica grave, rara e potencialmente fatal. Ela é causada por uma toxina produzida pela bactéria Clostridium botulinum (C botulinum), que entra no corpo por meio de ferimentos ou pela ingestão de alimentos contaminados, que não tiveram produção e/ou conservação adequada. A doença não é contagiosa. Temos quatro tipos de botulismo:
- Botulismo alimentar;
- Botulismo intestinal;
- Botulismo por ferimentos;
- Botulismo infantil.
Quais os sintomas do botulismo?
A toxina afeta o controle motor e pode levar à insuficiência respiratória, forma mais comum de morte causada pela doença. Sintomas iniciais são:
- Visão borrada;
- Pálpebras caídas;
- Fala arrastada;
- Dificuldade para engolir e respirar.
À medida que a doença se complica, ela também pode causar:
- Fraqueza de longa duração;
- Fadiga;
- Pneumonia por aspiração e infecção;
- Problemas no sistema nervoso em geral.
Botulismo tem cura, mas precisa ser tratado de forma adequada e o mais imediata possível. Se tratada corretamente, ela não deixa sequelas.
Substância do botox é a mesma que causa botulismo?
A toxina botulínica usada em procedimentos de botox é uma forma diluída e purificada da toxina. Mesmo assim, “em casos raros, o botulismo pode ocorrer em decorrência da aplicação da toxina botulínica, quando a toxina circula no sangue e produz efeitos em locais distantes do local da injeção”, afirmou o comunicado da Anvisa.
O alerta da Anvisa foi feito depois que a agência foi notificada de dois casos de botulismo relacionados à aplicação de botox. “A Agência enfatiza a necessidade de que esses procedimentos sejam realizados por profissionais devidamente habilitados, em locais devidamente autorizados pela vigilância sanitária, utilizando apenas medicamentos registrados na Anvisa, conforme especificações de bula”, alerta a Anvisa.