Economia

Senar tem novo superintendente

Senar tem novo superintendente
Christiano Nascif é zootecnista, com experiência em consultoria empresarial - Foto: Janaína Rochido/Divulgação

A capacitação e o fortalecimento do produtor rural são ações que norteiam os trabalhos do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural de Minas Gerais (Senar Minas). Ao assumir a superintendência da entidade, que integra o Sistema Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de Minas Gerais (Sistema Faemg), o zootecnista Christiano Nascif pretende manter a excelência dos trabalhos já prestados e assumir novos desafios. Como, por exemplo, avançar em outras iniciativas como a assistência técnica e gerencial, o desenvolvimento de tecnologias e o treinamento dos produtores rurais em relação ao mercado consumidor.

Christiano Nascif assumiu a superintendência do Senar Minas no dia 1º de outubro. É mestre em zootecnia e professor de pós-graduação, com experiência na condução de programas de formação de técnicos e consultoria empresarial. É um dos criadores do programa Assistência Técnica e Gerencial (ATeG) do Senar, que tem como principal objetivo garantir o acesso a um modelo de assistência técnica associado à consultoria gerencial. A expansão do projeto em Minas Gerais é um dos objetivos do novo superintendente do Senar Minas.
Dentre os desafios a serem superados frente ao Senar, Nascif acredita que um dos mais importantes é manter a excelência e a qualidade do trabalho desenvolvido pela entidade mineira, que é referência em nível nacional.

“Manter o trabalho do Senar é muito importante para todos nós. Além disso, precisamos fazer com que o produtor rural mineiro entenda a unidade do Sistema, que é a Faemg, o Instituto Antonio Ernesto de Salvo (Inaes), Senar e os sindicatos. Estas entidades trabalham em conjunto e são fundamentais para o desenvolvimento da atividade agrícola e pecuária de Minas. Hoje, se o agronegócio mineiro está muito bem posicionado no País, isto se deve, e muito, às ações do Senar Minas em conjunto com todo o Sistema Faemg. Por isso, como desafios, o primeiro que teremos é integrar bem o sistema da federação”.

Outra iniciativa considerada fundamental é o reforço do programa de Assistência Técnica e Gerencial (ATeG), que é do Senar Nacional e vem sendo desenvolvido na cultura do café. A ideia é ampliar o projeto, que hoje está concentrado em Manhuaçu, na Zona da Mata, para outros municípios e culturas.

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“Além dos cursos de capacitação, de promoção social, de formação do profissional rural e do ensino a distância, o Senar terá, também, a questão da assistência técnica que nós pretendemos entrar muito forte a partir de agora. Já começamos a desenvolver esse trabalho de assistência técnica junto a um grupo de cafeicultores em Manhuaçu. Os resultados obtidos são positivos e nossa ideia é estender o projeto para outras regiões e cadeias, como a do leite, por exemplo. Nosso objetivo com o projeto é prestar uma assistência técnica com foco em aumentar a rentabilidade do produtor rural”, explicou Nascif.

Tecnologias – Outro projeto que ganhará espaço é a Agricultura 4.0, que tem como objetivo levar a tecnologia de informação ao campo, o que também é importante para promover a sucessão familiar.

“Essa é uma nova tendência e que precisamos desenvolver junto aos produtores rurais. Vamos trabalhar buscando atrair os jovens, de maneira descomplicada para introduzir mais tecnologia no campo. É um caminho sem volta e que pode proporcionar resultados muito positivos no campo, como o aumento da produtividade, da eficiência, contribuindo para uma produção sustentável e maior retorno financeiro para o produtor rural”, explicou.

Empreendedorismo – A capacitação dos produtores também será voltada para o fortalecimento das técnicas de negociação, de comercialização e empreendedorismo. O objetivo é ensinar o produtor rural a atuar no mercado, eliminando atravessadores e ficando cada vez mais próximo ao consumidor final, o que é importante para ampliar o retorno financeiro.

“Não adianta saber só produzir, é preciso saber negociar, comercializar. Isso é diferente de preço, que é definido pelo mercado. As técnicas de negociação e de comercialização precisam ser repassadas para o produtor, que irá desenvolver a habilidade para trabalhar o mercado de maneira mais eficiente”.

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