Economia

Confiança do industrial mineiro voltou a subir

Confiança do industrial mineiro voltou a subir
O componente de expectativas aumentou 2,1 pontos de setembro para outubro - Foto: José Paulo Lacerda/CNI

O Índice de Confiança do Empresário Industrial de Minas Gerais (Icei-MG) continua oscilando mês a mês e em outubro voltou a crescer, saindo de 49,6 pontos em setembro para 50,9 pontos. Com o resultado, o indicador ultrapassou a linha de 50 pontos – que separa confiança da falta de confiança –, mas continuou muito abaixo dos valores máximos alcançados no final de 2017 (56,5 pontos) e início deste ano (57,7 pontos).

Na comparação com outubro do ano passado, o índice foi 4,2 pontos menor, uma vez que naquela época chegou a 55,1 pontos, permanecendo abaixo da sua média histórica (51,6 pontos). Já o Icei nacional cresceu 0,9 ponto frente a setembro (52,8 pontos), alcançando 53,7 pontos neste mês.

De acordo com a economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Daniela Muniz, o movimento pode ser atribuído ao cenário econômico brasileiro.

Segundo ela, enquanto no fim do ano passado e início deste ano os números ainda indicavam uma perspectiva de retomada da economia, a proximidade das eleições, neste exercício, fez as expectativas sucumbirem.

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“A retomada da economia como um todo está sendo assim. Começou o ano num ritmo interessante, mas perdeu intensidade com o passar dos meses e agora o que vemos é que tanto empresários como consumidores estão esperando o resultado das eleições para qualquer tomada de decisão, seja de investimento ou de consumo”, explicou.

O Icei é resultado da ponderação dos índices que medem a satisfação dos empresários com as condições atuais e as suas expectativas para os próximos seis meses.

Neste sentido, Daniela Muniz destacou que em relação às condições atuais, houve recuo de 1,6 ponto frente a setembro (a segunda queda mensal seguida) registrando 43,1 pontos em outubro. O índice, abaixo de 50 pontos pelo sétimo mês consecutivo, mostra que os empresários vêm percebendo piora das condições de negócio, em linha com a perda de ímpeto da recuperação da atividade econômica ao longo do ano.

O índice foi 6 pontos inferior ao de outubro de 2017, e acumula retração de 8,8 pontos em 2018.

Por outro lado, conforme a economista, o componente de expectativas aumentou 2,1 pontos entre setembro (52,3 pontos) e outubro (54,4 pontos), e foi responsável pela melhora do Icei geral.

Especificamente sobre a economia brasileira, o índice chegou a 49,9 pontos na expectativa, enquanto configurou em 39,7 pontos nas condições atuais. Já em relação à economia do Estado, os números foram de 49,5 pontos e 37,2 pontos, respectivamente.

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Eleições – “É justamente esse ponto que mostrou o quanto o cenário político está influenciando o otimismo dos empresários. Porque, embora em relação às condições atuais o índice tenha caído, sobre as expectativas futuras aumentou. Percebemos também uma diferença no otimismo dos entrevistados nos períodos antes e depois do primeiro turno”, destacou.

Além disso, o levantamento sinalizou otimismo dos empresários de todos os portes industriais em relação ao desempenho do próprio negócio nos seis meses seguintes. No entanto, vale destacar que o índice foi 3,6 pontos inferior ao de outubro de 2017 e acumula queda de 4,3 pontos em 2018.

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