Economia

Consumidor mineiro mais disposto a economizar

Consumidor mineiro mais disposto a economizar
Crédito: Alisson J. Silva

O índice de intenção de compras dos mineiros para novembro registrou queda no comparativo com o mês anterior. De acordo com pesquisa divulgada ontem pela Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas de Minas Gerais (FCDL-MG), dos entrevistados, 34,5% responderam que têm intenção de comprar em novembro, enquanto a maioria – 65,5% – disse que vai poupar o dinheiro. Em outubro, os resultados foram, respectivamente, 39,3% e 60,7%. Em relação ao ano passado, houve um avanço: em novembro de 2017, 18% dos consumidores disseram que tinham intenção de fazer compras naquele mês, enquanto 82% informaram que iriam poupar.

De acordo com o economista da FCDL-MG, Vinícius Carlos Silva, dois fatores influenciaram no resultado de novembro: o quadro eleitoral e a proximidade do fim do ano, o que leva algumas pessoas a fazerem reservas e adiarem as compras pensando no Natal. “Mesmo com a queda (de novembro em relação a outubro), o resultado é bom para o comércio. Temos 34,5% dos mineiros com intenção de fazer compras”, diz.

Na análise de Vinícius Carlos, a perspectiva de um cenário de mudanças políticas deixou o consumidor mais cauteloso. “É uma perspectiva positiva, mas a mudança traz cautela para o consumidor”, avalia. A pesquisa da FCDL-MG foi realizada de 3 a 26 de outubro. Como o primeiro turno ocorreu no dia 7, na maior parte do período os entrevistados já sabiam que iam escolher entre Romeu Zema (Novo) e Antonio Anastasia (PSDB). Pesquisas apontavam a preferência do candidato Zema, que venceu o pleito realizado no último domingo.

Preferência – O levantamento da FCDL-MG mostrou que roupas é o item campeão em intenção de compras e foi citado por 11,7% dos entrevistados. Em seguida, estão supermercados e hipermercados, com 10,3%; calçados (7,6%); automóveis (6,2%); farmácias e medicamentos (6,2%), entre outros.

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Segundo o economista, o fato de a opção roupas vir à frente indica a influência da Black Friday, com muitas pessoas aproveitando a promoção, que será realizada no próximo dia 23. Ainda na avaliação do economista, a presença dos automóveis entre as principais intenções de compra é um bom sinalizador de que fatores macroeconômicos – como inflação e juros – estão estáveis.

A forma de pagamento mais utilizada será à vista em dinheiro, alternativa citada por 42,9% dos consumidores. Em seguida, estão: parcelamento no cartão de crédito, com 35,7%; à vista no cartão de débito, 12,5%; e a prazo, 8,9%. O meio mais utilizado de pagamento é o cartão de crédito (42,3%), seguido de dinheiro (34,6%); cartão de débito (21,2%) e cheque (1,9%).

Investimentos – Entre os entrevistados que disseram que vão poupar dinheiro, 67,1% relataram que investirão na poupança. As outras opções citadas foram fundos de investimento (15,9%); previdência (6,1%); tesouro direto (6,1%); ações (3,7%) e capitalização (1,2%).

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