Economia

Itaú pode apostar em crédito de maior risco

Itaú pode apostar em crédito de maior risco
CRÉDITO:ALISSON J. SILVA

São Paulo – O Itaú Unibanco pode explorar os empréstimos com maior risco de inadimplência, no futuro próximo, como forma de aumentar sua carteira de crédito, disse o presidente-executivo, Candido Bracher, ontem.

Bracher afirmou a analistas que uma proposta para aumentar o apetite ao risco de crédito será submetida ao conselho do banco, sem especificar quando a medida poderá ser implementada.

O movimento do Itaú Unibanco poderia amenizar preocupações de alguns analistas, que acreditam que a cautela demasiada prejudicou a concessão de crédito. Na esteira da recessão mais profunda do País em décadas, os bancos brasileiros se tornaram mais seletivos no empréstimo de recursos, para evitar perdas.

A carteira total de crédito do Itaú subiu 10,6% em 12 meses. Quando ajustada para uma moeda mais fraca, a alta foi de apenas 3,4%. O banco tem como meta o crescimento do volume de empréstimos entre 4% e 7% em 2018.

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“No geral, o Itaú continua lutando para aumentar as receitas”, disse o analista do Brasil Plural, Eduardo Nishio, em nota a clientes.

Ainda assim, Bracher disse que o banco deve cumprir sua meta de crescimento da carteira de crédito, principalmente devido ao aumento dos empréstimos a pessoas físicas.
O Itaú divulgou, na segunda-feira (29), lucro líquido recorrente de R$ 6,454 bilhões, alta de 3,2% sobre um ano antes, mas quase 2% abaixo do consenso Refinitiv, de R$ 6,585 bilhões.

Custos – Bracher disse aos analistas que as despesas não ligadas a juros devem continuar crescendo abaixo da inflação, embora o banco continue contratando pessoas para seus negócios de corretagem de seguros e aquisição de cartões de crédito.

O número de funcionários do Itaú aumentou em 842 no trimestre, atingindo 100.756 empregados.

As despesas não decorrentes de juros atingiram R$ 12,65 bilhões no trimestre, 7% acima do mesmo período do ano anterior. Excluindo a aquisição dos ativos de banco de varejo do Citigroup no País, as despesas cresceram 0,9% nos primeiros nove meses do ano. (Reuters)

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