Copom mantém Selic em 6,50% ao ano

Brasília – Os membros do Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central decidiram, por unanimidade, manter a Selic (os juros básicos da economia) em 6,50% ao ano. Com isso, a taxa permaneceu no nível mais baixo da série histórica do Copom, iniciada em junho de 1996. Foi a quinta manutenção consecutiva da taxa neste patamar.
A decisão de ontem – a primeira após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) para a Presidência da República – era largamente esperada pelos economistas do mercado financeiro. De um total de 61 instituições consultadas pelo Projeções Broadcast, todas esperavam pela manutenção da Selic em 6,50% ao ano na reunião desta semana.
Ao justificar a decisão de ontem, o BC afirmou, por meio de comunicado, que a evolução do cenário básico e do balanço de riscos prescreve manutenção da taxa Selic no nível vigente. “O Copom ressalta que os próximos passos da política monetária continuarão dependendo da evolução da atividade econômica, do balanço de riscos e das projeções e expectativas de inflação”, informou o comitê na nota.
No documento, o BC também atualizou suas projeções para a inflação. No cenário de mercado – que utiliza expectativas para câmbio e juros do mercado financeiro, compiladas no relatório Focus -, o BC alterou a projeção para o IPCA em 2018 de 4,1% para 4,4%. No caso de 2019, a expectativa foi de 4,0% para 4,2%. Já a projeção de inflação para 2020 neste cenário passou de 3,6% para 4,1%.
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Fiemg – Em comunicado enviado à imprensa, a Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) classificou como “acertada” a decisão do comitê pela manutenção da Selic no patamar de 6,50% ao ano.
“A Fiemg entende que foi uma decisão acertada, tendo em vista que a economia brasileira segue avançando em ritmo inferior ao previsto no início do ano, o que dificulta a queda mais rápida da taxa de desemprego. Ao mesmo tempo, tensões comerciais e econômicas envolvendo importantes parceiros comerciais do Brasil, como é o caso de Estados Unidos, China e Argentina, limitam a capacidade do setor externo de garantir a aceleração da produção no País”, destacou a entidade em nota. (Com informações da AE)
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