Índice de confiança apresenta melhora em outubro na capital mineira
A confiança do consumidor belo-horizontino em outubro apresentou melhora em relação ao mês anterior, mas ainda permanece na faixa do pessimismo. O Índice de Confiança do Consumidor (ICC) de Belo Horizonte, divulgado ontem pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas, Administrativas e Contábeis de Minas Gerais (Ipead), alcançou 37,31 pontos em outubro, uma alta de 7,96% na comparação com setembro, porém, ainda abaixo dos 50 pontos.
Entre os componentes do ICC, o Índice de Expectativa Econômica (IEE) apresentou aumento de 15,47% em relação a setembro, com maior influência dos itens Emprego e Situação Econômica do País, que subiram 18,47% e 16,61%, respectivamente.
Já o Índice de Expectativa Financeira (IEF) também apresentou acréscimo na comparação com o mês anterior de 4,08%, puxado pelos aumentos dos itens Situação Financeira da Família (5,72%) e Pretensão de Compra (5,14%).
As definições do cenário político, o início do período de contratações temporárias, a proximidade de datas importantes para o comércio e a primeira parcela do 13º salário podem ter interferido no sentimento do consumidor durante o mês de outubro, como destaca a coordenadora de pesquisa e desenvolvimento do Ipead, Thaize Martins.
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“O resultado das eleições pode ter influenciado de alguma forma a percepção dos consumidores sobre a situação econômica do País. Além disso, as contratações temporárias para o fim de ano geram expectativas para quem está desempregado e a proximidade da Black Friday e do pagamento da primeira parcela do 13º geram expectativas positivas de pretensão de compra”, explicou.
Ainda de acordo com o levantamento do Ipead a lista dos bens e serviços que os consumidores pretendem adquirir no mês de outubro manteve a mesma ordem dos meses de setembro e agosto, liderada pelo grupo Vestuário e Calçados (34,76%), seguido de Informática/Telefonia (7,62%) e Turismo (6,67%)
13º salário – Pela primeira vez nos últimos três anos, a pesquisa sobre o destino do 13º salário, realizada pelo Ipead, apontou que a maior parte dos entrevistados (53,81%) não terá direito de receber o 13º salário ou gratificação similar em 2018.
“Esse resultado pode ser consequência do aumento do desemprego, da expansão da informalidade ou até mesmo alguma interferência das mudanças na lei trabalhista que retirou a obrigatoriedade do pagamento do benefício em alguns casos”, afirmou Thaize Martins.
Entre os que vão receber o 13º salário, o principal destino citado para o recurso extra foi o pagamento de contas atrasadas, citado por 25,77% dos entrevistados, seguido da opção de poupar para outros fins, para 18,56% das pessoas ouvidas. “Essa é a decisão mais indicada para quem possui dívidas, principalmente tentar priorizar as contas com maior taxa de juros”, pontuou.
Neste ano, o item “Realizar compras de presentes de Natal” caiu da terceira para a quinta opção de utilização do 13º salário citado por 9,28% dos entrevistados. Em 2017, 12,04% das pessoas ouvidas estavam dispostas a gastar parte do benefício com presentes na data comemorativa.
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