Economia

Mais citações colecionadas

Cesar Vanucci*

“Onde do conceito há maior lacuna, palavras surgirão na hora oportuna.” (Goethe)

Alguns leitores dão o ar da graça a propósito das crônicas com frases e versos selecionados por este escriba. Entre eles, houve quem sugerisse, com entusiasmo e insistência, uma nova sequência de citações na mesma linha. Tá claro que não passa despercebido a este neto dileto de dona Carlota que a sugestão traz implícita a manifestação de que os textos alheios agradam mais do que os escritos do titular da coluna. Querem saber duma coisa? Partilho do mesmo ponto de vista. Tanto assim que resolvi voltar à carga, satisfazendo o pessoal. Mais: prometo repetir a dose na frente.

As frases de hoje. Do presidente Getúlio Vargas, na famosa carta-testamento: “Saio da vida, para entrar na história.”

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Do escritor Oto Lara Resende reportando-se às lembranças do passado: “Como a Terra aos olhos de Gagarin, o passado é azul. O passado de que a gente se lembra é ainda mais azul. Dói deliciosamente.”

Ainda sobre o passado. Provérbio russo: “Ter saudades do passado é correr atrás do vento.”
Sobre leis e salsichas. Fala de Bismark, o chamado “chanceler de ferro”: “Se o povo soubesse como são feitas as leis e as salsichas!”

Albert Einstein explica, no popular, o que é a famosa “lei da relatividade”: “Você fica com a mulher amada por duas horas; parece que se passaram dois minutos. Você encosta o traseiro na chaleira quente por dois minutos; parece que se foram duas horas.” O genial cientista exprime ainda seu inconformismo com relação a essa nódoa na convivência humana chamada preconceito. “É menos difícil quebrar um átomo, do que quebrar um preconceito.”

O (polêmico) jornalista e escritor inglês Christopher Hitcheus comenta a participação dos cidadãos na vida política: “Na Atenas antiga, surgiu uma palavra para designar aqueles que não desejavam participar da vida pública – “idiota”. A palavra só se tornaria um insulto mais tarde. Mas sempre considerei que qualquer um que deseje ficar completamente de fora da vida política é, de fato, um idiota – às vezes um idiota admirável.”

Acerca do pânico nas ruas dos dias de hoje, Luiz Fernando Veríssimo tem a dizer o que se segue: “Parece incrível que ainda se duvide que a guerra urbana no Rio de Janeiro tenha ligação direta com a louca demografia do lugar e que o Brasil está pagando, em horrores repetidos, por anos de descaso e exclusão.”

Duas frases atualíssimas do físico James Hansen, da Nasa, considerado um dos maiores especialistas em clima do mundo. A primeira: “As consequências do efeito estufa serão tão ou mais poderosas a longo prazo que a maior explosão atômica de que se tem notícia.” A segunda (baseada na ideia de se criar, para o clima, uma versão do famoso “relógio do apocalipse”, bolado por cientistas atômicos como um instrumento simbólico para indicar a proximidade da catástrofe nuclear e que hoje está a marcar dois minutos para a meia-noite): “Se houvesse um “Relógio do Apocalipse Ecológico”, eu diria que faltam apenas dois minutos para uma catástrofe natural. É pouco, mas dá tempo. E a hora de mudar é agora.”
Vamos ceder a palavra, agora, ao amor.

De Sofocleto: “Amor eterno é o que dura enquanto existe.”
Henri de Régnier exprime-se de forma parecida: “O amor é eterno enquanto dura.”
Mahatma Gandhi: “O amor é a força mais abstrata e também a mais pujante que há no mundo.”

Shakespeare: “Amor é dor que desatina sem doer.”
Por último, falemos dos sinais que a vida emite para todos. “Quantas vezes trovejou antes que Benjamin Franklin compreendesse o sinal? Quantas maçãs caíram na cabeça das pessoas antes que Isaac Newton compreendesse o sinal?” (Robert Frost, poeta estadunidense).

* [email protected]

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas