Economia

Indústria mineira encerrará o atual exercício em dificuldades

Indústria mineira encerrará o atual exercício em dificuldades
Indústria automotiva é um dos destaques negativos no levantamento do IBGE em setembro - Fiat/Divulgação

A produção industrial mineira voltou a cair em setembro. Em relação ao mês anterior foi observado recuo de 1,8%, enquanto frente a igual período do ano passado a queda chegou a 2,2%. Com isso, o parque industrial do Estado acumulou perda de 1,6% no acumulado dos nove primeiros meses de 2018 na comparação com a mesma época de 2017. Nos últimos 12 meses a baixa do índice foi de 1%.

Os dados são da Pesquisa Industrial Mensal (PIM), divulgada pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os principais destaques negativos no Estado vieram dos setores automotivo, de produtos do fumo e alimentícios.

No País, sete dos quinze locais pesquisados mostraram taxas negativas, Amazonas (-5,2%), São Paulo (-3,9%), Bahia (-3,3%) e Paraná (-3,1%) assinalaram as reduções mais acentuadas em setembro. Por outro lado, Ceará (3,7%) e Pará (3,5%) apontaram os avanços mais elevados.

O economista da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg) e professor do Ibmec, Sérgio Guerra, explicou que o Estado, assim como outras unidades da federação, vem apresentando bastante oscilação no decorrer deste exercício. Em Minas, especialmente, os recuos têm sido mais intensos do que os desempenhos positivos, o que fará com que o ano seja encerrado com baixa na produção industrial.

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“A estimativa que é que até o fim do ano a indústria da transformação continue apresentando resultados fracos, enquanto a indústria extrativa melhore um pouco mais. No entanto, a base fraca do setor fará com que mantenha a média negativa. Assim, a indústria mineira como um todo tende a fechar 2018 com produção 1,5% menor que a registrada em 2017”, detalhou.

De acordo com o balanço do IBGE, o desempenho negativo de 2,2% em setembro deste ano sobre o mesmo mês do ano passado veio após resultados de 0,0% em agosto e 1,3% em julho, sempre na comparação com igual período de 2017.

Quando considerados os setores, no índice mensal, a queda na produção industrial mineira foi impactada pelos resultados negativos em sete das treze atividades pesquisadas. As principais influências sobre a média foram observadas nos setores de veículos automotores, reboques e carrocerias (-22,1%), produtos do fumo (-19,6%) e alimentício (-13,6%).

Ainda conforme o levantamento, na outra ponta, destacaram-se positivamente as atividades extrativa (0,5%) coque, de produtos derivados do petróleo e de biocombustíveis (15,7%), metalurgia (12%) e fabricação de máquinas e equipamentos (5,1%).

Acumulado – No acumulado do ano, período em que a produção industrial mineira caiu 1,6% em relação ao período de janeiro a setembro de 2017, os destaques negativos ficaram por conta da indústria extrativa (-4,3%), fabricação de metal, exceto máquinas e equipamentos (-11,2%) e fabricação de produtos têxteis (-8,4%).

Do outro lado, as atividades de máquinas e equipamentos (21,9%), metalurgia (4,6%) e fabricação de outros produtos químicos (3,7%) tiveram os melhores desempenhos neste período.

Já no acumulado dos últimos 12 meses, quando a indústria do Estado recuou 1%, o pior desempenho setorial foi observado na fabricação de metal, exceto máquinas e equipamentos (-9,9%) e o melhor na produção de máquinas e equipamentos (21,9%).

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