Natal deve movimentar mais de R$ 3 bilhões na capital mineira

Os comerciantes de Belo Horizonte estão cautelosos quanto aos resultados do Natal de 2018. De acordo com pesquisa da Câmara de Dirigentes Lojistas de Belo Horizonte (CDL-BH), a expectativa é de crescimento de 3,1% no valor a ser injetado no comércio, que neste ano deve ser de R$ 3,3 bilhões. No Natal de 2017, o clima era de mais otimismo, com expectativa de alta de 4,5% no faturamento. Para este ano, 53,6% dos lojistas acreditam que venderão mais que no ano anterior, sendo que no Natal de 2017 esse índice era de 65,5%.
Além disso, na percepção dos empresários, os consumidores vão gastar menos, devido ao endividamento das famílias e aos altos índices de desemprego. Segundo a pesquisa CDL-BH, o tíquete médio deve ser de R$ 118,74, valor 15,1% menor que o do ano passado, quando foi de R$ 139,83. “Mesmo com a queda do tíquete médio, o aumento no volume de vendas será responsável por elevar o valor em circulação no comércio”, explica o vice-presidente da entidade, Marcelo de Souza e Silva.
Na avaliação de Souza e Silva, os números são positivos, levando-se em conta o cenário de lenta recuperação da economia. “É um cenário de crise alongada. Alguns números melhoram e depois pioram. Ainda assim, 87% dos lojistas aguardam aumento ou estabilidade nas vendas em relação ao ano passado. Então, é um número bom”, avalia.
Souza e Silva reforça que há sinalizações positivas da economia, como a melhora dos índices de emprego e a definição do cenário eleitoral. “Saímos de um cenário negativo trazido pela crise dos caminhoneiros e chegamos a um cenário de expectativa positiva pós-eleição”, opina. Por outro lado, o atraso no pagamento e a indefinição quanto ao 13º salário dos servidores estaduais impactam negativamente.
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“É característica do comerciante mineiro manter os pés no chão. Mas os lojistas estão realizando promoções e investindo no atendimento, na ambientação de seu comércio, flexibilizando as formas de pagamento para garantir resultados melhores”, analisa.
De acordo com a pesquisa, enquanto 53,6% dos lojistas acreditam que haverá aumento nas vendas no Natal de 2018 em relação a igual período de 2017, outros 33,5% esperam manter o mesmo volume de negócios. Já 12,9% acreditam que ocorrerá queda. Além disso, 30% responderam que vão reforçar os estoques no comparativo com 2017, enquanto 39,8% vão manter e outros 29,6% vão reduzir.
Presentes – Os lojistas esperam que, em média, cada consumidor compre dois presentes. Na opinião dos comerciantes, as roupas vão encabeçar a lista de presentes. Para 28,7% dos entrevistados, esse será o produto com maior saída. Em seguida estão calçados e acessórios (19%); utensílios para o lar (9,5%); cosméticos e perfumes (5,9%); brinquedos (5,9%), entre outros.
O tíquete médio esperado é de R$ 118,74. Segundo a pesquisa, 62% dos entrevistados acham que os consumidores vão gastar entre R$ 50 e R$ 150. Na avaliação dos lojistas, a principal forma de pagamento será parcelamento no cartão de crédito, resposta dada por 54,2% dos ouvidos. Em seguida estão as opções cartão de crédito à vista, citada por 16,9%; cartão de débito (14,6%) e dinheiro (9,3%).
A principal estratégia de vendas é a divulgação dos produtos, citada por 26,2%. Em seguida estão: decoração da loja (18,3%); atendimento qualificado (15,1%) e promoções (11,3%). E a forma preferida de divulgação é pelas redes sociais. Entre os entrevistados, 50,1% responderam que vão utilizar Facebook, Instagram e WhatsApp. “As redes sociais possibilitam atingir muita gente e com baixo custo”, avalia Souza e Silva.
O fator que mais pode contribuir com as vendas, na avaliação de 63,3% dos entrevistados, é promoção. Em seguida estão aumento do emprego dos consumidores (8,3%) e flexibilidade nas formas de pagamento (7%). Por outro lado, o que mais pode prejudicar é o desemprego, resposta dada por 37,8% dos entrevistados, e falta de agilidade e cordialidade no atendimento, citado por 37,6% dos consultados.
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