Ex-diretor do Dnit será o ministro da Infraestrutura

Brasília – Como tem feito no anúncio de todos os futuros ministros, o presidente eleito Jair Bolsonaro usou sua conta no Twitter para confirmar a indicação de Tarcísio Gomes de Freitas para o Ministério da Infraestrutura. A nova pasta vai abranger os setores de transporte aéreo, terrestre e aquaviário.
Tarcísio Gomes de Freitas foi nomeado diretor executivo do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit) em meados de 2011, após a “faxina ética” determinada pela então presidente Dilma Rousseff no órgão, que passava por uma crise provocada por denúncias de corrupção.
Gomes de Freitas iniciou a carreira no Exército, mas acabou ingressando, por concurso, no quadro de auditores da Controladoria-Geral da União (CGU). É formado em Engenharia Civil pelo Instituto Militar de Engenharia (IME) e atuou como engenheiro da Companhia de Engenharia Brasileira na Missão de Paz no Haiti.
Ele entrou no Dnit como braço-direito do então diretor-geral Jorge Ernesto Pinto Fraxe, general do Exército, formado engenheiro na Academia Militar de Agulhas Negras. O general ocupou diversos postos na área de engenharia, em várias regiões do país, sempre como comandante de destacamentos de engenharia de construção. Gomes de Freitas substituiu o general em setembro de 2011, depois que ele voluntariamente se demitiu.
Articulação – Bolsonaro disse ontem que o futuro ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, chefiará a área de articulação política de seu governo, mas que o general Carlos Alberto Santos Cruz, indicado na véspera como chefe da Secretaria de Governo, também terá papel a desempenhar nesta área.
Em entrevista coletiva ao lado do futuro ministro da Infraestrututura, Tarcísio Gomes de Freitas, Bolsonaro disse que todos no governo, inclusive ele, terão interlocução com parlamentares.
O presidente eleito também afirmou que o futuro ministro do Meio Ambiente poderá ser anunciado na quarta-feira e que não será um militar.
Casa Civil – O economista Abraham Weintraub deverá ser o secretário-executivo da Casa Civil, sob o comando de Onyx Lorenzoni, e assumir o papel de principal articulador com o Congresso da reforma da Previdência no futuro governo de Jair Bolsonaro, afirmou à Reuters uma fonte com conhecimento do assunto.
Professor da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Abraham e Arthur Weintraub, seu irmão, estavam no primeiro grupo de pessoas nomeadas para o gabinete de transição pelo ministro coordenador, Onyx Lorenzoni.
Ambos foram apresentados a Bolsonaro pelo próprio Onyx e foram os primeiros economistas a se juntar ao grupo bolsonarista – antes mesmo do futuro ministro da Economia, Paulo Guedes. Abraham e Arthur chegaram a acompanhar Bolsonaro na viagem que o presidente eleito -à época apenas pré-candidato à Presidência- fez a Seul e Taiwan em março deste ano.
Abraham tem mantido reuniões com alguma frequência com o atual secretário-executivo da Casa Civil, Daniel Sigelman, sobre a estrutura da pasta, mas também conversas frequentes com o secretário da Previência, Marcelo Caetano.
Especializados em Previdência, os irmãos Weintraub têm tratado, na transição, da proposta de reforma da área, mas também de outros temas, como a independência do Banco Central. (ABr/Reuters)
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