Economia

IPP recua 0,84% em outubro, a 1ª queda desde julho de 2017

IPP recua 0,84% em outubro, a 1ª queda desde julho de 2017
Foto: Pxhere

Rio de Janeiro – O Índice de Preços ao Produtor (IPP), que inclui preços da indústria extrativa e de transformação, registrou queda de 0,84% em outubro, informou ontem o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A taxa de setembro foi revista de uma elevação de 2,93% para 2,91%.

O IPP mede a evolução dos preços de produtos na “porta da fábrica”, sem impostos e fretes, da indústria extrativa e de 23 setores da indústria de transformação. Com o resultado de outubro, o IPP de indústrias de transformação e extrativa acumulou aumento de 13,04% no ano. Nos 12 meses encerrados em outubro, houve elevação de 15,12%.

Considerando apenas a indústria extrativa, houve redução de 2,24% em outubro, após o avanço de 12,82% registrado em setembro Já a indústria de transformação registrou queda de 0,76% no décimo mês do ano, depois de crescimento de 2,45% anotado anteriormente.

A queda de 0,84% registrada pelo IPP em outubro foi o primeiro recuo no indicador desde julho de 2017, quando tinha encolhido 1,01%, informou o IBGE. No décimo mês de 2017, o IPP tinha sido de 1,80%.

Com o resultado, a taxa acumulada em 12 meses desacelerou de uma alta de 18,17% em setembro para 15,12% em outubro.

Os bens de capital ficaram 2,46% mais baratos na porta de fábrica em outubro, segundo os dados do IPP, que inclui a indústria extrativa e de transformação, divulgados pelo IBGE. O resultado ocorre após os preços terem subido 2,01% em setembro.

Os bens intermediários registraram redução de 0,84% nos preços em outubro, ante uma alta de 3,76% em setembro.

Já os preços dos bens de consumo caíram 0,41% em outubro, depois de uma elevação de 1,56% em setembro. Dentro dos bens de consumo, os bens duráveis tiveram alta de 0,79% em outubro, ante aumento de 0,80% no mês anterior. Os bens de consumo semiduráveis e não duráveis caíram 0,78% em outubro, após a alta de 1,80% registrada em setembro.

A queda de 0,84% do IPP em outubro teve contribuição de -0,20 ponto porcentual de bens de capital; -0,50 ponto porcentual de bens intermediários; e -0,13 ponto porcentual de bens de consumo, sendo -0,19 ponto porcentual dos bens de consumo semiduráveis e não duráveis e 0,06 ponto porcentual dos bens de consumo duráveis.

Entre as 24 atividades industriais pesquisadas, 16 apresentaram recuos de preços no mês. “O que percebemos em outubro de maneira geral é esse recuo de preços bastante generalizado. E se deu em atividades bastante importantes, como alimentos”, disse Alexandre Brandão, gerente do IPP na Coordenação de Indústria do IBGE.

As menores variações foram observadas nos segmentos de fumo (-6,62%), outros equipamentos de transporte (-5,84%), madeira (-4,44%) e impressão (-4,31%).

Em termos de influência, os segmentos que mais contribuíram para a queda do IPP em outubro foram alimentos (com queda de 1,99% e impacto de -0,36 ponto porcentual), metalurgia (recuo de 3,19% e contribuição de -0,27 ponto porcentual) e outros equipamentos de transporte (impacto de -0,14 ponto porcentual).

Segundo Brandão, a valorização média de 8,4% do real ante o dólar em outubro ajudou a impulsionar as quedas de preços entre diferentes atividades, especialmente as exportadores, que mantêm contratos na moeda americana. Aviões, fumo e madeira estão entre os produtos que ficaram mais baratos na porta de fábrica no mês.

Na direção oposta, a alta mais relevante foi a de refino de petróleo e produtos de álcool, um avanço de 1,57% nos preços, o que evitou uma queda maior no IPP. A contribuição da atividade para o indicador de outubro foi de 0,20 ponto percentual. “O álcool veio com uma alta muito grande. O preço da gasolina vem aumentando”, ponderou. (AE)

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