Gasmig deve encerrar o ano com lucro 36,6% maior
A Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) deve fechar 2018 com lucro de R$ 205 milhões. Se o valor for confirmado, representará um crescimento de 36,6% frente ao resultado positivo de R$ 150 milhões em 2017. A companhia também teve seu rating elevado para AA (Bra), em bases isoladas das classificações de sua controladora Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig), pela Fitch Ratings, uma das três principais agências globais de classificação de risco.
As informações são do presidente da Gasmig, Pedro Magalhães. Segundo ele, a elevação do rating da companhia reflete os fundamentos do seu negócio de distribuição de gás natural e sua estrutura de baixo custo sob monopólio regulado e com satisfatório reajustes de preços. “Isso representa a credibilidade da empresa, a valorização pelo mercado, além de evidenciar a situação financeira, incluindo o fluxo de caixa”, disse.
De acordo com Magalhães, a definição dos ratings pela Fitch considerou, ainda, a exposição da Gasmig ao risco de concentração em clientes industriais, que podem apresentar razoável volatilidade de demanda, particularmente, em períodos de recessão econômica.
Para o presidente da companhia, dentro dos consumidores industriais, “a Gasmig ainda é muito dependente da mineração e siderurgia, mas a empresa vem ampliando a distribuição para os segmentos residencial, comercial e veicular”. Enquanto as vendas totais de gás devem fechar 2018 com alta de 20% sobre as de 2017, o aumento no segmento veicular deve chegar a 70%, na mesma comparação.
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Residencial – Além disso, Magalhães explicou que a ampliação da oferta de gás para o segmento residencial esbarra na burocracia e morosidade para se conseguir as autorizações e alvarás necessários, principalmente na Capital. Mesmo assim, a Gasmig fechará 2018 com cerca de 50 mil consumidores residenciais.
Conforme informações já divulgadas pela estatal, atualmente, nos segmentos comercial e residencial, a Gasmig atende aos bairros: Anchieta; Belvedere; Buritis; Carmo; Cruzeiro; Funcionários; Lourdes; Santa Lúcia; Santo Agostinho; Santo Antônio; São Pedro; Savassi; e Sion, em Belo Horizonte, além da Vila da Serra e Vale do Sereno, em Nova Lima.
Com um investimento de aproximadamente R$ 40 milhões por ano na área residencial, a Gasmig atendia cerca de 17 mil residências até 2016. Somente no ano passado, esse número aumentou para 35 mil e, de acordo com a companhia, deve fechar 2018 com 50 mil residências.
Na área de gás natural veicular (GNV), a Gasmig deve lançar, em 2019, o programa Gasoduto Móvel. Basicamente, o programa prevê a distribuição, via caminhões com carga de gás comprimido, para postos de combustíveis nos principais corredores viários de escoamento de produção de Minas e em postos de cidades-polo. O orçamento do pacote não foi divulgado.
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