Economia

Atividade em MG recua em novembro

Atividade em MG recua em novembro
Indicador de número de empregos registrou o melhor desempenho para novembro em cinco ano, conforme a Fiemg - Foto: Divulgação

Embora a atividade industrial mineira tenha voltado a cair em novembro, em função do encerramento das encomendas de final de ano, tanto a produção quanto o emprego decresceram em ritmo menor do que nos anos anteriores. De acordo com a Sondagem Industrial, divulgada ontem pela Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), os índices de produção, emprego e utilização da capacidade instalada ficaram abaixo do usual, com resultados inferiores a 50 pontos.

No décimo primeiro mês de 2018, o índice de evolução da produção apontou queda, ao registrar 47,9 pontos. Historicamente, o índice de novembro situa-se abaixo dos 50 pontos, devido à sazonalidade do período. No entanto, o indicador foi maior do que o registrado no mesmo mês do ano passado.

Já o indicador do número de empregos, chegou a 48,8 pontos em novembro, após registrar 50,4 pontos em outubro. O resultado, abaixo de 50 pontos, também sinaliza recuo. Porém, vale destacar que o índice caiu em menor intensidade do que nos cinco anos anteriores.

Quanto ao nível de utilização da capacidade instalada houve decréscimo de 3,1 pontos na comparação com outubro, chegando a 41,5 pontos no mês passado. O indicador, que permanece inferior a 50 pontos desde setembro de 2010, mostra que a utilização da capacidade instalada ficou abaixo da habitual para o mês. E embora ainda sinalize que a indústria mineira opera com ociosidade, o índice foi o mais elevado para o mês em cinco anos, assim como ocorreu no emprego.

A análise é da analista de Estudos Econômicos da entidade, Daniela Muniz. Segundo ela, é possível observar uma recuperação, ainda que lenta, dos indicadores. “O mês de novembro, tradicionalmente é marcado por essas baixas, em função da sazonalidade. No entanto, quando comparamos com os anos anteriores, percebemos a melhora, mesmo que pequena, do cenário”, explicou.

Dessa maneira, o nível dos estoques permaneceu acima do planejado, o que significa que as empresas seguem sem conseguir ajustá-lo à demanda. De acordo com a pesquisa, em novembro, o nível dos estoques de produtos acabados foi de 49,1 pontos, pelo terceiro mês consecutivo. Mais uma vez, o recuo ocorreu com menos intensidade do que nos dois meses anteriores. E, mesmo com a redução nos estoques, as empresas encerraram novembro com acúmulo indesejado de estoques pelo 24º mês consecutivo.

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Otimismo – Apesar disso, conforme Daniela Muniz, quando considerados os índices de expectativa, os empresários mostraram tamanho otimismo, que o resultado foi o melhor para o mês de dezembro, desde o início da série histórica, em 2010.

“Eles esperam aumento da demanda por seus produtos nos próximos seis meses, com índice de 57,7 pontos em dezembro, maior que os 54,9 pontos de novembro e os 51,5 pontos de dezembro do ano passado”, disse.

Em linha com a perspectiva de expansão da demanda, os industriais esperam ainda o aumento das compras de matérias-primas, com 55,3 pontos, e também do número de empregados, com 51,6 pontos. Como consequência, o índice de intenção de investimento chegou a 57,3 pontos no último mês de 2018.

“De maneira geral, os empresários estão confiantes com o ano que virá. Estão otimistas com as mudanças de governo tanto em âmbito federal quanto estadual e preveem aumento no consumo, na demanda e, consequentemente, na produção. Resta-nos esperar a concretização das expectativas”, concluiu.

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