Economia

Construção gera empregos no setor de serviços em MG

Construção gera empregos no setor de serviços em MG
Fabrício Augusto de Oliveira: reação da economia começa nos serviços

O setor de serviços foi responsável por praticamente 58% do saldo de emprego formal (admissões menos demissões) em Minas Gerais no acumulado deste ano até novembro. No período, o segmento gerou 59,2 mil postos de trabalho, já descontando as demissões e foi o maior empregador de Minas Gerais em 2018.

De acordo com dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), até novembro o setor de serviços mineiro admitiu 606,5 mil trabalhadores e demitiu 547,2 mil pessoas, gerando um saldo positivo de 59,2 mil empregos formais, o que representa 57,7% do total do saldo estadual no período (120,6 mil vagas).

A participação do setor de serviços no total do saldo do emprego formal em Minas de janeiro a novembro deste ano também cresceu 15,9 pontos percentuais em relação à participação no resultado do mesmo período de 2017, quando o segmento respondeu por 41,8% do saldo estadual de 25,6 mil vagas do intervalo.

Para o economista e professor da Escola do Legislativo, Fabrício Augusto de Oliveira, o setor de serviços, no País e no Estado, é o maior empregador, absorvendo entre 60% e 70% da mão de obra nos dois casos. Além disso, ele acredita que o segmento também absorve parte dos desempregados de outros setores, que tentam buscar na prestação de serviços uma oportunidade ou alternativa para gerar renda.

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Na comparação do saldo do emprego formal do setor de serviços entre janeiro e a novembro deste ano (59,2 mil vagas) e no mesmo período do exercício passado (25,6 mil vagas), houve um salto de 131,2%, com base nas informações do Caged. “Isso mostra uma reação da economia. E, geralmente, este processo de maior aquecimento começa pelo setor de serviços”, disse.

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Aquecimento – De acordo com os dados do Caged, foram os serviços ligados ao comércio e administração de imóveis, com saldo positivo de 23,8 mil vagas, que liderou o ranking do emprego formal dentro do setor de serviços. “Isso mostra aquecimento do setor de construção, que foi duramente penalizado pela crise econômica. Se existe demanda por imóveis, o aumento do emprego neste segmento de serviços já começa a retratar uma melhora na construção civil”, avaliou Oliveira.

Os números do próprio Caged corroboram a análise do economista. De janeiro a novembro, a construção civil admitiu 207,4 mil trabalhadores e despediu 182,6 mil pessoas, ficando com saldo positivo de 24,8 mil empregos formais. A construção só ficou atrás do setor de serviços na geração de empregos no Estado durante o intervalo.

No âmbito global, considerando todos os setores da economia, o Estado gerou 120,6 mil postos de trabalhos no acumulado do ano até novembro, já descontando as demissões do intervalo, um salto de 97,3% em relação aos mesmos meses de 2017, quando o saldo foi de 61,1 mil empregos.

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