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Cia do Terno valoriza a gestão “pé no chão”

Cia do Terno valoriza a gestão “pé no chão”
Bernardo Magalhães admite que a expectativa era faturar R$ 1 milhão a mais e chegar aos R$ 300 milhões em 2018 - Divulgação

Conhecida principalmente por sua marca Cia do Terno, a mineira Turqueza Tecidos e Vestuários, que também é detentora da grife de camisas sociais femininas, Les Chemises, encerrou 2018 com crescimento. Com uma gestão “pé no chão”, como define o sócio-fundador e diretor de operações, Bernardo Magalhães, a empresa cresceu 10% em receita em relação a 2017, acrescentou à sua rede 18 novas lojas e encerrou o último ano com um faturamento de R$ 212 milhões.

O diretor admite que o crescimento ainda foi abaixo do esperado: a expectativa era faturar R$ 1 milhão a mais e chegar aos R$ 300 milhões. Ele afirma que a greve dos caminhoneiros e o período eleitoral ocorridos em 2018 atrapalharam muito as vendas. Mesmo assim, o sócio comemora o resultado de 10% de crescimento na receita, que foi puxado principalmente pelas novas lojas abertas. “Se consideramos as mesmas lojas não há crescimento, mas com as novas unidades conseguimos crescer. Em 2018, investimos mais de R$ 7 milhões nas marcas e chegamos ao fim do ano com 167 lojas próprias e 240 empregos diretos gerados”, afirma.

Para o diretor, a forma conservadora de gerir o negócio é um dos segredos da empresa. Ele afirma que a gestão foi “pé no chão” quando o País vivia tempos positivos para a economia e, por isso, não teve problema de permanecer na mesma estratégia quando a crise chegou. “Na época da economia em euforia a gente era visto como muito conservador e nos diziam que estávamos perdendo oportunidade. Mas foi assim que conseguimos manter o crescimento”, afirma.

Magalhães faz questão de ressaltar que o sucesso das marcas também é mérito dos colaboradores e dos fornecedores da empresa. Segundo o diretor muitos deles estão desde o início com a marca e contribuíram para as melhorias. “O funcionário que tem muito tempo de casa nos ajuda a melhorar os processos porque já conhece o mercado. Nós apostamos nessas pessoas e, inclusive, financiamos os estudos de muitos deles para que possam se capacitar ainda mais”, afirma. O sócio garante que a recompensa também é repassada para os salários dos colaboradores. “Superamos com folga o reajuste dos salários solicitados nos dissídios das categorias”, afirma.

O diretor afirma que essa valorização dos colaboradores gera resultados na prática. Como exemplo ele cita a movimentação dos próprios funcionários para tornar o dia 31 de dezembro uma data menos “traumática” para quem vai trabalhar e mais lucrativa para a empresa. “É uma data que quase ninguém tem cabeça para trabalhar. Mas os próprios colaboradores se movimentaram, criaram um ambiente diferenciado, estabeleceram metas específicas para o dia e até criaram um grupo no Whatsapp para compartilhamento de resultados. O resultado foi recorde de vendas: vendemos mais que o dobro em relação ao dia 31 de 2017”, afirma.

Para 2019, as perspectivas são de novo crescimento. Segundo Magalhães, a meta é acrescentar 10 lojas à rede, entre unidades da Cia do Terno e da Les Chemises. Além disso, o sócio espera que a empresa supere os R$ 220 milhões em receita.

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