Economia

Setor em MG estima avanço com reformas

Setor em MG estima avanço com reformas
Segmento eletrônico, que vinha em alta no último ano, acabou desacelerando nos últimos meses e fechando estável - Foto: Divulgação SEDS

A indústria eletroeletrônica de Minas Gerais ficou estagnada em 2018, em termos de produção e faturamento. Para este ano, porém, as expectativas são positivas, com vistas a aumento na receita, mas manutenção das margens, desde que reformas, como a da Previdência e a tributária, sejam aprovadas e colocadas em prática.

“No geral, 2018 foi um ano que terminou no zero a zero. Não podemos dizer que alcançamos louros e crescimento, porque isso não aconteceu. Nos últimos meses do ano passado, recuperamos um pouco o nível de emprego no setor, mas, em termos de faturamento, ainda estamos longe de um crescimento”, avaliou o diretor da regional da Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) no Estado, Alexandre Magno D’Assunção Freitas.

Freitas explicou que, em Minas, o segmento elétrico é o mais representativo para o setor, mas foi justamente ele que encontrou mais dificuldades durante o exercício devido à carência de investimentos em infraestrutura. “O segmento elétrico ficou praticamente paralisado em 2018 e o faturamento muito aquém do que se esperava”, pontuou.

Por outro lado, segundo Freitas, o segmento eletrônico (smartphones, tablets e informática), com forte presença em Santa Rita do Sapucaí, no Sul de Minas, vinha crescendo, mas, nos últimos meses de 2018, retraiu e terminou o ano estável em relação a 2017.

O conteúdo continua após o "Você pode gostar".


Sobre o câmbio, que repercute para o setor para quem importa componentes e nas vendas externas, Freitas esclareceu que ele funciona como uma “faca de dois gumes”. Conforme ele, câmbio baixo é interessante para comprar importados, mas não adianta comprar barato se não se consegue vender no exterior, porque o dólar está baixo, o que prejudica a rentabilidade. Na contramão, com o dólar alto, é mais caro importar, mas o produto nacional fica mais competitivo lá fora.

Expectativas – Para 2019, o otimismo do setor esbarra ainda na necessidade de as reformas da Previdência e tributária saírem do papel. “Temos perspectiva boa para este ano se o governo aprovar as reformas da Previdência e tributária. Se isso vier a acontecer, teremos um País com possibilidade de crescimento como nunca antes”, disse.

Apesar do otimismo, Freitas reforçou que o setor só vai voltar a crescer se o Brasil também se desenvolver. Na avaliação do diretor da Abinee, o País precisa de estabilidade para crescer econômica e politicamente. Nessa direção, para ele, os investimentos virão especialmente do exterior, e só entra capital externo com estabilidade.

Para o representante da indústria eletroeletrônica no Estado, caso as reformas da Previdência e tributária aconteçam, haverá um ambiente estável para que o capital externo entre no País e alavanque os investimentos em infraestrutura para impulsionar o setor, especialmente o segmento elétrico.

Freitas explicou que a indústria eletroeletrônica trabalha com margens reduzidas há anos. “Se a economia recuperar, devemos crescer em faturamento, mas os lucros devem continuar estáveis”, afirmou.

Rádio Itatiaia

Ouça a rádio de Minas