Negócios

Abrir os olhos, mentes e ser o futuro

Abrir os olhos, mentes e ser o futuro

Leonardo Santos Magalhães*

Já vivenciamos diversas mudanças que as tecnologias disruptivas têm trazido para nosso cotidiano. Este ano as vendas de materiais escolares pelo e-commerce estão explodindo com um crescimento de 64% medido na primeira semana do ano, enquanto os SMS, tão disruptivos a menos de uma década atrás, já não são utilizados por mais ninguém. Em todos os setores, dos mais tradicionais burgueses aos mais avançados profissionais de tecnologia, informação e comunicação, executivos, engenheiros e marqueteiros têm se preocupado com o futuro de seu negócio, e cada vez mais percebemos que seremos bem diferentes. Mas o que seremos? Ainda nos falta a resposta, apesar das várias previsões.

Recentemente, participando de uma mesa de discussão com executivos do setor jurídico, percebi a preocupação com estas questões nos olhares de todos. O setor tem sido abordado por diversas soluções que prometem romper a relação entre advogados e clientes, e além disso, afetando inclusive o trabalho dos legisladores e julgadores. Em um setor extremamente burocrático e fechado, com uma responsabilidade social de trazer justiça à população, as tecnologias de comunicação, análise de dados, gestão de processos e de conhecimento, têm trazido de todas as direções grandes promessas de mudança.

Por outro lado, desenvolvendo produtos e mercados que transformam e criam novas organizações, encontro brilho nos olhos daqueles que participam da mudança sem se preocupar com o que seremos, mas sendo agora a solução que muda o status quo. De dentro do Google, uma das organizações mais inovadoras deste século, vem uma prática formal. Este gigante da inovação tecnológica entende a Inovação 360º e fez brotar uma metodologia de desenvolvimento de soluções para auxílio dos desenvolvedores em geral e, em especial, aos empreendedores de startupsque lidam com as maiores incertezas de mercado.

No fundo o processo não traz nada novo, como o próprio autor introduz, mas se baseia em conhecidas teorias de gestão e sua prática de desenvolvimento. Ele organiza o trabalho para gerar reconhecimento da oportunidade, ideia ou problema existente, desenvolve e testa as soluções em apenas cinco dias, com uma equipe enxuta e capacitada, com conhecimentos diversos de especialistas internos e externos à organização.

Longe de ser a resposta ao que seremos daqui a cinco ou dez anos, mas muito próximo de solucionar em cinco dias o que podemos fazer bem no próximo ano, quando temos já o ponto de partida para o processo – oportunidades e problemas, conhecimento técnico e de mercado, time enxuto com capacidade de desenvolvimento e análise.

E claro, como este processo ou outra coisa qualquer neste mundo de inovação, nada se cria, mas tudo se transforma, já estamos preparados para no próximo encontro desafiar os executivos para abrirmos nossos olhos, mentes e focar em algo que os ajude nessa difícil tarefa de inventar o futuro, com o embasamento teórico e prático de criação e transformação organizacional.

*Sócio-gerente da DMEP

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