Quiosque aposta na venda de itens de inspiração budista

Vinda de Porto Alegre (RS), há três anos, a arquiteta Roberta Fermann queria deixar o estresse das obras de lado, mas não se afastar da arquitetura, sua grande paixão. Trabalhar com decoração era uma boa opção e foi pensando em como a agitação e o estresse da vida cotidiana afetam tanto quase todo mundo que ela resolveu criar a Mãos de Arte.
O quiosque 360º que fica no Pátio Savassi, na região Centro-Sul, oferece produtos de decoração de inspiração budista, importados da Tailândia, Indonésia, Índia e Marrocos. São mais de 400 itens. “A filosofia budista é pródiga em símbolos e práticas que se propõem a nos reconectar com o divino ainda que a religião não seja uma obrigatoriedade. Muitas pessoas usam símbolos do budismo, como as corujas e os elefantes, usam incenso em casa para atrair paz e prosperidade sem saber que são parte dessa filosofia”, explica Roberta Fermann.
Para montar o negócio e comprar o primeiro estoque a empreendedora investiu cerca de R$ 90 mil. O quiosque gera três empregos diretos. A opção pelo modelo de 360º foi para criar proximidade com o público. Uma loja poderia causar algum tipo de inibição ou dar a falsa impressão de que o espaço era apenas para religiosos ou iniciados na filosofia oriental.
“O quiosque é um espaço aberto, em que a pessoa está passando, vê algo interessante e para pra perguntar. Numa loja isso é mais difícil. Aqui conversamos, explicamos o significado e a pessoa pode se interessar apenas pelo aspecto estético, pelo teor decorativo, mesmo. Isso, pra nós, não faz diferença. Muita gente tem mandalas em casa como um objeto de design e está tudo certo”, pontua a arquiteta.
As peças são trazidas por importadoras e escolhidas pessoalmente pela empresária. A importação direta chegou a ser cogitada, mas não seria economicamente sustentável trazer um contêiner fechado de cada país. A expectativa é que entre 2019 e 2020 seja aberto mais um quiosque em Belo Horizonte. No médio prazo o objetivo são três operações.
“Quando procurei a Multiplan (administradora do Pátio Savassi) a ideia foi bem recebida logo de cara. Parece que faltava um lugar com essa proposta na cidade. E está dando tão certo a ponto de já ter sido sondada por outros shoppings. Agora é hora de ir com calma, estudando cada passo do negócio. Meu objetivo é continuar com o modelo de quiosque e num médio prazo chegar a três unidades”, afirma a empresária.
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