Inadimplência na capital mineira e no Estado registrou queda em 2018

A inadimplência mostrou queda entre os consumidores de Belo Horizonte durante o ano de 2018. Levantamento divulgado na sexta-feira (1º) pela Boa Vista Serviço Central de Proteção ao Crédito (SCPC) indicou retração de 3,6% no Indicador de Registro de Inadimplentes no acumulado de 2018 frente a igual período de 2017. Em Minas também houve recuo, com o número de devedores diminuindo 3,2% nessa mesma base comparativa.

Economista responsável pela área de Indicadores Econômicos da Boa Vista SCPC, Flávio Calife informa que os resultados de Minas e Belo Horizonte estão condizentes com os do País. No Brasil, a inadimplência mostrou recuo de 1,1%. No Sudeste, a queda foi de 0,4%.

De acordo com o relatório da Boa Vista, “as adversidades ocorridas na economia ao longo dos últimos anos fizeram com que as famílias ficassem mais cautelosas, o que inibiu o consumo e a tomada de crédito, contribuindo para a queda do fluxo de inadimplência”.

O indicador de recuperação de crédito também mostrou recuo no acumulado de 2018. Em Belo Horizonte, houve queda de 2,4%, enquanto em Minas o recuo foi de 1,8%. O Brasil e o Sudeste apresentaram retração, respectivamente, de 0,1% e 0,2%.

Calife explica que os resultados refletem o cenário de lenta recuperação econômica e alto índice de desemprego. Segundo ele, a queda da inadimplência pode levar a uma primeira impressão de melhoria da economia, mas tal cenário não se confirma porque não houve alta na recuperação de crédito. “O indicador mostra uma dificuldade de pagar contas, o que afeta o comércio”, diz o economista.

De acordo com o relatório da Boa Vista, a recuperação de crédito deve melhorar em 2019. “Espera-se que, com a diminuição da desocupação e evolução na renda, as famílias encontrem situação financeira mais favorável, que permitirá uma evolução mais consistente na recuperação de crédito em 2019”, informa a Boa Vista.

O indicador de registro de inadimplência é elaborado a partir da quantidade de novos registros de dívidas vencidas e não pagas. Já o indicador de recuperação de crédito é obtido a partir da quantidade de exclusões dos registros de inadimplentes.

Comparação mensal – Na passagem de novembro para dezembro, a inadimplência em Belo Horizonte teve uma ligeira alta de 0,3%. Em Minas, o aumento foi de 0,2% nessa mesma base comparativa. No Sudeste, houve avanço de 0,2%, enquanto no País foi registrado recuo de 0,1%.

Quanto à recuperação de crédito, houve alta de 4,3% em Belo Horizonte, no comparativo de dezembro com novembro. Em Minas, o indicador mostrou avanço de 3,5%. No Sudeste, a alta foi de 0,4% e, no Brasil, foi registrado crescimento de 0,1%.