Dívida pública recua 1,77% em janeiro para R$ 3,8 tri
Brasília – A Dívida Pública Federal (DPF) – que inclui o endividamento interno e externo do Brasil – apresentou redução, em termos nominais, de 1,77% em janeiro, na comparação com dezembro de 2018, informou ontem a Secretaria do Tesouro Nacional (STN), do Ministério da Economia.
Assim, o estoque passou de R$ 3,877 trilhões para R$ 3,808 trilhões. A redução deve-se, segundo o Tesouro, ao resgate líquido de R$ 85,99 bilhões, compensado, em parte, pela apropriação positiva de juros (quando os juros da dívida são incorporados ao total mês a mês), no valor de R$ 17,45 bilhões.
O resgate líquido de títulos da DPF se deu pela diferença entre o total resgatado (embolsado pelos investidores) – R$ 147,78 bilhões – em relação ao volume de novos títulos emitidos pelo Tesouro Nacional, que somou R$ 61,78 bilhões.
De acordo com o coordenador-geral de Operações da Dívida Pública, Luís Felipe Vital, 97% dos recursos resgatados se referem a títulos prefixados, cuja taxa de juros é definida no momento da emissão e não varia ao longo do tempo.
A Dívida Pública Mobiliária Federal interna (DPMFi), que é a parte da dívida pública no mercado interno, teve o estoque reduzido em 1,53% em janeiro, passando de R$ 3,728 trilhões para R$ 3,669 trilhões. Essa variação negativa ocorreu por causa do resgate que totalizou R$ 59,4 bilhões.
Mercado externo – O estoque da Dívida Pública Federal Externa (DPFe), captada do mercado internacional, apresentou ligeira redução nominal de 0,24%, passando de R$ 148,2 bilhões para R$ 138,8 bilhões entre dezembro de 2018 e janeiro deste ano. Nesse caso, também houve resgate de R$ 9,39 bilhões.
Variação – Esse ano, a Dívida Pública Federal (DPF) deverá ficar entre R$ 4,1 trilhões e R$ 4,3 trilhões, segundo o Plano Anual de Financiamento (PAF) da dívida pública em 2019, apresentado no mês passado.
Os fundos de investimento seguem como principais detentores da Dívida Pública Federal, com 27,1% de participação no estoque. Os fundos de previdência (25%) e as instituições financeiras (22%) aparecem em seguida, na lista de detentores da dívida.
Ouça a rádio de Minas