Opinião

[EDITORIAL] Agenda para Minas Gerais

Em seu discurso de posse na presidência da Associação Comercial de Minas, o empresário Aguinaldo Diniz Filho reafirmou os compromissos da centenária entidade com o desenvolvimento da economia regional, prometendo seguir em frente nessa direção. Muito aplaudido, o presidente lembrou as dificuldades que o Estado e o País enfrentam, situando suas principais razões não na economia e sim na política para concluir que as mudanças reclamadas devem ser construídas a partir da mobilização e da convergência da iniciativa privada, por suas lideranças e pelas entidades que as representa. “Precisamos sim de um pacto que nos una a todos, que nos comprometa a todos”, disse o novo presidente da ACMinas, propondo a construção de uma agenda capaz de gerar riquezas e distribuí-las de forma justa e sustentável. Trata-se de somar forças para propor e defender uma agenda de transformações, no claro entendimento de que a valorização da atividade empresarial é fundamental para que Minas e o Brasil possam voltar ao caminho do desenvolvimento.

Partindo dessa visão, cujos fundamentos segundo ele espelham a trajetória cumprida pela Associação Comercial de Minas em seus 118 anos, seu novo presidente assinalou alguns dos pontos que considera essenciais nesse processo de reconstrução, começando pelo combate incondicional à corrupção e valorização da ética e da transparência, assim restaurada a confiança que sustentaria a clara distinção entre o público e o privado e as reformas que se fazem urgentes. Apontou a do sistema previdenciário, para que seja possível restaurar o equilíbrio fiscal e ao mesmo tempo corrigir distorções que não há mais como sustentar; a tributária, com simplificação e redução da carga; além da política. Tudo isso, enxerga Aguinaldo Diniz, para que o Estado seja mais leve e mais eficiente, podendo servir à sociedade no que mais interessa, nas áreas de saúde, educação, segurança e infraestrutura. Nessas condições, imagina, haverá espaço para melhorar a produtividade e obter ganhos de eficiência, melhorando-se o ambiente de negócios e a própria competitividade da economia brasileira. Mudanças, em síntese, das quais resulte não um Estado maior ou menor, mas o Estado necessário.

Este conjunto de proposições define necessidades básicas e ao mesmo tempo aponta o ânimo dos empresários, bem evidenciado nos aplausos dirigidos a Aguinaldo Diniz. E que seja também, daqui em diante, a pauta conjunta do empresariado mineiro e das entidades que os representam, que muito bem simbolizam nossa capacidade de congregar para transformar e, hoje, para devolver a Minas Gerais o protagonismo que lhe é próprio.

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