Leilão deve abranger projetos de fontes diversas
São Paulo – O governo pretende que o leilão de energia A-4 previsto para 27 de junho seja aberto à contratação de projetos hidrelétricos, usinas eólicas e solares e térmicas à biomassa, segundo publicação do Ministério de Minas e Energia no Diário Oficial da União de ontem.
A pasta divulgou uma portaria com diretrizes sobre o leilão que ficará em consulta pública pelo prazo de dez dias, durante o qual interessados poderão apresentar sugestões de aprimoramento.
O certame tem como objetivo viabilizar a contratação de novos projetos de geração para atender à demanda das distribuidoras de energia a partir de 2023.
O ministério também disse que foi aberto processo de cadastramento e habilitação técnica de investidores interessados na licitação, com prazo até 5 de abril.
O último leilão A-4, realizado em abril do ano passado, viabilizou a contratação de projetos com um cerca de 1 gigawatt em capacidade instalada, que precisarão entrar em operação até 2022. Os empreendimentos devem demandar investimentos de cerca de R$ 5,3 bilhões.
As licitações brasileiras para novos projetos de energia têm atraído forte interesse de investidores nos últimos anos, com grande participação de elétricas locais e principalmente multinacionais.
No A-4 do ano passado, destacaram-se entre os vencedores grupos como a canadense Canadian Solar, a francesa EDF e a espanhola Elecnor.
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Consumo avança – O consumo de energia elétrica cresceu 4,9% em fevereiro quando na comparação com mesmo mês de 2018, principalmente devido às elevadas temperaturas, disse a Câmara de Comercialização de Energia Elétrica (CCEE) ontem, com base em dados preliminares.
O desempenho segue o forte ritmo visto em janeiro, quando a CCEE estimou uma alta de cerca de 6,5% no consumo, também com influência do calor sobre a demanda por energia.
O consumo do último mês ainda foi influenciado positivamente pelo feriado de Carnaval, que, em 2018, caiu em fevereiro e neste ano aconteceu em março, acrescentou a CCEE.
No mercado regulado, em que os clientes são atendidos pelas empresas de distribuição, o consumo cresceu 5,7% em fevereiro. No mercado livre, em que os clientes fecham contratos de suprimento com geradores ou comercializadoras, houve alta de 3,2% na comparação anual.
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