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Regra nº1: estar presente em todos os canais

Regra nº1: estar presente em todos os canais
Entenda: seu conteúdo tem que parar o ‘dedão do usuário’ enquanto ele passa a tela do Instagram ou do Facebook, ensina Thais Felix, do Facebook - Crédito: Paulo Marcio

Quem participou da última edição do Reload em Belo Horizonte, evento sobre marketing digital realizado na semana passada pelo Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas de Minas Gerais (Sebrae Minas), saiu de lá com a certeza de que, mais do que estar presente no digital, é preciso se destacar nesse ambiente. Palestrantes de diferentes estados e segmentos mostraram que usar estratégias adequadas, ser criativo e valorizar a experiência do usuário são ações que podem abrir portas para os negócios na internet.

Em sua palestra, Alejandro Vázquez, que é fundador da Nuvem Shop, plataforma para criação de lojas on-line, explicou que de nada adianta estar presente na internet se não há captação de visitas. Segundo ele, em média, um e-commerce precisa receber 200 visitas para que uma delas seja convertida em vendas. Nesse sentido, ele reforça a importância de estratégias para chamar a atenção dos usuários para a marca no digital.

Vázquez destacou que as redes sociais são o principal canal para captação de usuários. Segundo ele, 50% das visitas que chegam às lojas virtuais foram direcionadas por páginas de redes sociais, principalmente o Instagram. Além disso, 75% do tráfego das lojas virtuais vêm do celular.

“Uma em cada quatro vendas se originam nas redes sociais, então esse é um canal importante para o e-commerce. Mas, eu gostaria de frisar que essa não é uma defesa de que o offline está morrendo. Não está. O segredo é estar presente em todos os canais”, afirmou. Ele também sugeriu a utilização do Whatsapp e do benefício do frete grátis como estratégias de sucesso no e-commerce.

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Representando o Facebook, a palestrante Thais Felix também reforçou a importância das redes sociais para a venda de produtos, engajamento dos clientes e melhoria de imagem das marcas. Segundo ela, negócios que operam na internet têm resultados 20% superior àqueles que operam apenas no offline. Mas, ela completa: é preciso saber estar na internet, uma vez que há muito conteúdo distribuído.

“Nas redes sociais tudo concorre com tudo: a foto de uma geladeira concorre com foto de viagem, de cachorro, de bebê. Então você precisa se perguntar: meu conteúdo é atraente? Estou sendo criativo? Entenda: seu conteúdo tem que parar o ‘dedão do usuário’ enquanto ele passa a tela do Instagram ou do Facebook”, ensina.

Para o Instagram, a dica básica da especialista foi investir em um perfil comercial da rede, que permite a leitura de uma série de dados, como perfil do público visitante, horas e dias dos acessos. A criação do perfil é gratuita. Ela também lembrou a importância de uma produção adequada de conteúdo com fotos bem feitas, produtos centralizados e cuidado com o cenário ao fundo. Já para o espaço “story”, ela recomendou criatividade e mais descontração e leveza.

“O que postar vai depender de cada negócio, mas uma dica é se perguntar antes: qual o meu objetivo com essa postagem? Eu quero que o cliente me conheça? Que ele saiba o que ofereço? Quero trazer de volta o meu cliente? Quero que ele faça uma compra? Essas perguntas vão ajudar a fazer uma estratégia mais assertiva”, sugeriu.

Ter um propósito ajuda a empresa a ser notada – Outra forma de vencer a “invisibilidade” na internet e ser notado pelos clientes é assumir um propósito da marca. A dica é da publicitária e criadora do podcast Mamilos, Cris Bartis. Ela lembrou à plateia que, se no passado, era a monarquia e as igrejas que exerciam poder sobre as pessoas, hoje as marcas ganham parte dessa influência e podem fazer uso disso, se tornando atores sociais e abraçando causas importantes.

“Temos muitos produtos com pouca diferenciação entre eles. O que faz um cliente parar diante de uma prateleira repleta desses produtos parecidos e escolher um? Nesse contexto, ter um propósito pode ser um diferencial. É possível incentivar o consumo pela filosofia da marca”, frisou.

A publicitária explicou que esse propósito pode ser relacionado a grandes causas da sociedade como a de gênero ou do desenvolvimento social. Mas também pode começar com temas internos, como a valorização do fornecedor ou a garantia da diversidade na equipe.

“Assumir um propósito publicamente, se posicionar tem um risco alto porque exigirá da marca força na defesa desse propósito. Mas, não se posicionar também tem risco: a marca pode virar só mais uma na multidão”, lembrou.

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