EUA irá cooperar com projetos no País

Brasília – Os governos dos Estados Unidos e do Brasil assinaram nesta quinta-feira acordo de cooperação no financiamento de projetos de infraestrutura prioritárias no Brasil.
A assinatura do acordo ocorreu na presença do secretário de Comércio dos EUA, Wilbur Ross, durante uma conferência internacional sobre infraestrutura que contou com participação de executivos de multinacionais em Brasília.
Ross encorajou investimento de empresas no Brasil e se disse impressionado com a lista de projetos de infraestrutura que vão ser leiloados à iniciativa privada no País nos próximos meses.
“Eu ficaria menos nervoso de investir aqui do que em outros países”, disse Ross, depois de comentar sobre a reticência de empresas norte-americanas em investir na América Latina diante de obstáculos que incluem travas burocráticas e alfandegárias e problemas de corrupção.
O acordo foi assinado pela chefe para o hemisfério da Opic (Corporação de Investimento Privado no Exterior, na sigla em inglês), do governo dos EUA, Kristie Pellecchia. Do lado brasileiro, o documento foi assinado por Veronica Sanchez, secretária de coordenação de obras estratégicas e fomento do Programa de Parcerias de Investimentos (PPI).
A Opic dispõe de US$ 60 bilhões em fundos para financiamento de projetos em mercados emergentes.
Otan – O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, designou ontem o Brasil como um aliado preferencial dos EUA fora da Otan, oficializando uma promessa feita ao presidente Jair Bolsonaro durante visita do mandatário brasileiro a Washington este ano.
Com a designação de aliado preferencial, o Brasil entra em uma lista de países com acesso especial a políticas de cooperação, transferência de tecnologia e recursos na área de defesa com os Estados Unidos, o que foi comemorado por Bolsonaro.
“Nós tratamos isso na última viagem que fiz aos Estados Unidos. Conversei com o Trump, a ideia dele era até nos colocar, mas teria que mexer no estatuto, dentro da Otan. Isso já se cogita entre os integrantes essas mudanças de estatuto, mas por enquanto é muito bem-vinda a nossa participação como grande aliado extra-Otan”, disse o presidente a jornalistas em Brasília.
Segundo Bolsonaro, a designação “facilita em algumas coisas”, em especial na questão de defesa.
“Compra de armamento, algumas tecnologias, ninguém passa tecnologia para os outros, só tecnologia ultrapassada, mas alguma coisa sempre interessa para a gente. Como regra, um país da Otan uma vez agredido todo mundo está junto”, acrescentou.
O Brasil é apenas o segundo país da América do Sul a receber a designação, depois da Argentina, que está na lista desde 1998. No ano passado, a Colômbia se juntou à Otan como parceira global.
Entre as possibilidades que se abrem para o País com a designação está, por exemplo, acesso preferencial para compra de equipamentos com isenção de taxas, dentro da lei de exportação de armas dos Estados Unidos.
O Brasil também terá preferência para programas de cooperação e treinamento, poderá receber gratuitamente ou a preço de custo equipamentos que as Forças Armadas não usam mais ou têm em excesso, e poderá participar de licitações. (Reuters)
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