Aplicativo BHBus + facilita a compra de créditos de passagem

Os usuários de ônibus da capital mineira contam com um novo dispositivo para compra de créditos de passagens e outras facilidades em relação ao transporte: o aplicativo BHBus +, que foi anunciado ontem pelo Consórcio das Operadoras do Transporte Coletivo de Passageiros por Ônibus de Belo Horizonte (Transfácil). De acordo com o presidente do Transfácil, Renaldo Moura, o desenvolvimento e a manutenção do dispositivo deve exigir investimentos de R$ 100 mil a R$ 200 mil por mês, mas ele afirma que o consórcio está buscando parcerias para que esses custos sejam diminuídos.
De acordo com o presidente, o aplicativo é o primeiro resultado prático de um trabalho que o consórcio vem desenvolvendo para entender a demanda dos clientes. Até o momento, já foram levantadas 193 ideias para a melhoria do serviço oferecido pela empresa, principalmente no que diz respeito à agilidade no embarque e ao padrão de qualidade.
“A maior dor do nosso cliente é o tempo e, por isso, vamos trabalhar com soluções que ajudam a resolver essa demanda”, diz.
O aplicativo disponibiliza o serviço de recarga do cartão BHBus, que pode ser feito por meio de pagamento via cartão de crédito ou boleto. O crédito fica disponível em duas horas.
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Além disso, essa primeira versão do dispositivo permite a busca por rotas que utilizam os ônibus. Por meio do aplicativo é possível pesquisar a melhor linha, os trajetos de ônibus e a pé, além dos horários, preços e o tempo que será gasto na viagem. De acordo com Moura, o aplicativo utiliza a base de mapas do Google, mas a empresa tem interesse em desenvolver a sua própria base para garantir a atualidade.
O presidente lembrou que essa é a primeira versão do aplicativo, que deve receber outras funcionalidades. Uma delas poderá ser, inclusive, a modalidade de pagamento por aproximação, utilizando um QR Code.
“Já temos uma experiência de pagamento com QR Code no Barreiro, mas é com o código impresso em uma folha. O digital ainda está estudo, mas é uma possibilidade”, disse.
Segundo ele, o aplicativo foi desenvolvido por uma empresa de tecnologia de São Paulo, mas uma equipe interna assumiu o desenvolvimento e está fazendo alterações. Ele acredita que a construção de novas funcionalidades e todo o trabalho em torno do aplicativo, que envolve treinamento de pessoal e divulgação, deve exigir investimentos na ordem de R$ 100 mil a R$ 200 mil por mês da Transfácil. Mas, segundo ele, a empresa estuda parcerias para diminuir esses gastos.
Questionado se a tecnologia tinha relação com a diminuição da presença de cobradores nos ônibus em Belo Horizonte, o presidente da Transfácil afirmou que essa era uma questão que competia ao Sindicato das Empresas de Transporte de Passageiros de Belo Horizonte (SetraBH). Mesmo assim deu sua opinião sobre o cenário:
“Não há dúvidas de que a tecnologia está ‘expulsando’ os cobradores”, disse.
Já o presidente do SetraBH, Joel Paschoalin, negou que a criação do aplicativo tenha relação com a substituição dos cobradores. Segundo ele, a inovação visa trazer mais eficiência e agilidade ao serviço.
De acordo com Paschoalin, o sindicato não é favorável à substituição completa dos cobradores, mas destaca que algumas linhas e horários não demandam a presença desses trabalhadores. Segundo ele, a maioria dos usuários de ônibus de Belo Horizonte já usa cartão para pagar a passagem e, por isso, não precisa do cobrador.
“Só 6% das linhas registram o uso do cartão abaixo de 60%, a maioria tem mais de 80% de uso e algumas chegam a 90% e 95%”, afirmou.

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