Fundo DLM Trafalgar deve chegar a R$ 2 bilhões

Um novo fundo de crédito que une ativos no Brasil e no exterior começa a ser operado pela gestora mineira DLM Invista em parceria com a Trafalgar Gestão de Recursos. O objetivo é oferecer ao investidor com perfil qualificado (aquele que tem carteira com aplicações superiores a R$ 1 milhão) um fundo que permite a diversificação dos investimentos por meio do mercado internacional, mas com um risco que é considerado baixo. O fundo ganhou o nome DLM Trafalgar, tem R$ 70 milhões de capital inicial e a expectativa é de que ele chegue a R$ 2 bilhões.
A união das gestoras é estratégica porque suas diferentes expertises contemplam esse perfil misto do fundo, que vai alocar cerca de 60% dos ativos no mercado doméstico, e 40% em ativos internacionais.
O mercado nacional é a expertise da DLM Invista, que tem sede em Belo Horizonte e há mais de 15 anos opera no País com forte posicionamento em crédito privado local. Ela é responsável pela gestão de R$ 5 bilhões. Já a Trafalgar é focada em fundos multimercados com ativos latino-americanos e tem mais de R$ 3 bilhões sob gestão, principalmente no mercado internacional.
O sócio e CEO da DLM Invista, Marcelo Castro Domingos, afirma que a meta de retorno do novo fundo é de 120% a 125% do CDI.
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“Essa é uma ótima rentabilidade para um fundo de baixo risco, principalmente se considerarmos o cenário de juros baixos no Brasil, que obriga a diversificação da carteira de investimentos”, afirma.
Além disso, o fundo fará swap para o real, ou seja, apesar do investimento ser em ativos globais, o dinheiro vai render na moeda brasileira. O prazo de regate é de 60 dias.
Domingos afirma que o grande diferencial do fundo DLM Trafalgar é que ele permite que o investidor acesse uma ampla base de títulos de empresas de primeira linha, tanto brasileiras quanto latino-americanas. Ele destaca que é uma grande oportunidade para diversificar a carteira de investimentos com os ativos internacionais combinando-os aos ativos nacionais.
“Com esse fundo, o investidor acessa uma gestão sofisticada de um fundo mesmo sem ser especialista no mercado financeiro”, afirma.
O CEO explica que a vantagem de se apostar no mercado internacional está ligada à alta liquidez, às taxas mais interessantes e ao prazo mais longo dos ativos.
“Considerando as condições atuais do mercado no Brasil, para continuar crescendo com rentabilidade interessante e menor risco é indispensável incorporar o mercado internacional. Isso porque ele é muito maior, muito mais profundo em termos de liquidez e permite maior crescimento”, diz.
O CEO da DLM Invista afirma que o novo fundo e as demais operações da empresa nessa área de gestão de ativos ajudarão o negócio a crescer nos próximos anos. Mas, ele destaca outro braço de atuação da DLM, que é a gestão de patrimônio e de investimentos de clientes de alta renda, que também será essencial para essa expansão.
“Temos um plano de crescimento para essa área, que tem ganhado destaque no Brasil. Com os juros baixos, os clientes estão buscando melhores opções de investimentos e estão saindo dos tradicionais bancos de varejo. Mas, estamos falando de investidores que não têm conhecimento e nem foco para fazer essa gestão, que é mais qualificada e, por isso, eles buscam essa gestão profissional”, explica.
Segundo Domingos, com o crescimento das duas frentes de atuação da DLM, a expectativa é dobrar os ativos sob gestão, chegando a R$ 10 bilhões em 2020.
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