Auditores chineses devem avaliar quatro frigoríficos brasileiros nesta semana

São Paulo – Auditores chineses devem começar a avaliar quatro unidades brasileiras produtoras de carne bovina nesta quinta-feira, como parte do esforço para aprovar novos exportadores em meio a um surto de peste suína africana no país asiático, disseram à Reuters duas pessoas familiarizadas com o assunto.
Uma das plantas pertence à Marfrig e localiza-se na cidade mato-grossense de Várzea Grande, de acordo com ambas as fontes. Uma terceira fonte confirmou a data da inspeção, que será realizada usando a tecnologia de vídeo, mas não o número de plantas envolvidas.
As fontes falaram sob condição de anonimato, porque as inspeções não são informações públicas. O Ministério da Agricultura do Brasil e a Marfrig não quiseram comentar a informação.
Impulsionado principalmente pela China, o Brasil registrou um salto de 14,2% no volume de exportações de carne bovina nos oito primeiros meses de 2019, segundo dados compilados pela Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carnes (Abiec) com base em informações governamentais.
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Os volumes atingiram 1,13 milhão de toneladas no período, enquanto as receitas com os embarques de bovinos avançaram 7,5%, para US$ 4,3 bilhões, de acordo com a Abiec.
Três das plantas selecionadas para inspeção estão localizadas em Mato Grosso, e uma em Mato Grosso do Sul. Três delas pertencem a empresas que não estão listadas na bolsa de valores, disseram duas das fontes.
A China está considerando atualmente fornecer permissões de exportação a 30 unidades frigoríficas do Brasil, incluindo 19 processadoras de carne bovina, nove de frango, uma produtora de carne suína e uma planta de asininos, de acordo com a Abiec e a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA).
No mês passado, a ministra da Agricultura, Tereza Cristina, adiou uma viagem à China originalmente marcada para agosto, à medida que grupos industriais afirmaram que as aprovações pendentes para a exportação de carne aos chineses estavam demorando mais que o esperado. (Reuters)
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