Ibovespa tem retração e dólar avança com dados negativos da zona do euro

São Paulo – O Ibovespa fechou em queda ontem, com bancos entre as maiores pressões de baixa, em sessão marcada por alguns movimentos de realização de lucro e com dados na Europa corroborando preocupações com o ritmo da economia global.
Índice de referência do mercado acionário, o Ibovespa cedeu 0,17%, a 104.637,82 pontos. O volume financeiro somava cerca de R$ 11 bilhões. A queda vem após o Ibovespa registrar o quarto ganho semanal consecutivo, acumulando no período valorização de 7,3%.
No exterior, a contração na atividade do setor privado alemão em setembro pela primeira vez em seis anos e meio destacou-se na bateria de dados PMI divulgados na Europa e Estados Unidos.
Discursos de autoridades monetárias também estiveram no radar de agentes financeiros, que monitoram informações sobre mais medidas de estímulo na Europa e sobre o tamanho do ciclo de corte pelo Federal Reserve.
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No front comercial, tanto representantes dos EUA como da China declararam que as últimas negociações entre os dois gigantes econômicos foram construtivas. Investidores aguardam as conversas de alto escalão previstas para o começo de outubro.
Agentes financeiros não descartam manutenção da elevada volatilidade à frente, mas a entrada de estrangeiros no segmento Bovespa neste mês traz algum alento.
Dados da B3 mostraram nesta segunda-feira que o saldo externo no mercado secundário está positivo em R$ 1,1 bilhão no mês até o dia 19, embora no ano as saídas ainda superem as entradas em mais de R$ 20 bilhões.
O Bradesco BBI reiterou recomendação overweight para as ações brasileiras na América Latina, destacando que a bolsa parece barata quando consideradas a atual taxa de juros real de longo prazo e a previsão deles para o crescimento dos lucros.
Em um ambiente com taxa de juros básica muito baixa e aceleração gradual do PIB, “o risco de fadiga política em relação à agenda econômica atual provavelmente continuará baixo”, disse a equipe liderada por André Carvalho em relatório.
Câmbio – O dólar à vista teve alta de 0,42%, a R$ 4,1709 na venda. Na mínima da sessão, a moeda chegou a R$ 4,1451, enquanto na máxima tocou R$ 4,1853. Na B3, o dólar futuro tinha ganho de 0,51%, a R$ 4,1720. (Reuters)
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