Economia

Banco Central revisa para cima as projeções para o PIB deste ano

Banco Central revisa para cima as projeções para o PIB deste ano
Crédito: REUTERS/Ueslei Marcelino

Brasília – O Banco Central (BC) aumentou ligeiramente a previsão de crescimento da economia para este ano e prevê, ainda com “elevado grau de incerteza”, melhora no ritmo de expansão em 2020.

A projeção para a expansão do Produto Interno Bruto (PIB) passou de 0,8% para 0,9% em 2019, de acordo com o Relatório de Inflação, divulgado ontem.

“Para o PIB de 2020, ainda com elevado grau de incerteza, projeta-se crescimento de 1,8%. Ressalte-se que essa perspectiva está condicionada ao cenário de continuidade das reformas e ajustes necessários na economia brasileira e pressupõe que o ritmo de crescimento subjacente da economia, que exclui os efeitos de estímulos temporários, será gradual”, aponta o relatório.

De acordo com o documento, o resultado melhor que o esperado para o PIB do segundo trimestre de deste ano favoreceu o ajuste na estimativa para 2019.

“A projeção ora apresentada considera ritmo de crescimento ainda lento no terceiro trimestre, em linha com indicadores coincidentes divulgados até o momento, e aceleração no quarto trimestre, para a qual deve contribuir o impulso das liberações extraordinárias de recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) e do Programa de Integração Social (PIS)/Programa de Formação de Patrimônio do Servidor Público (Pasep)”, explica.

Setores – A previsão para o crescimento da agropecuária passou de 1,1% para 1,8%. Segundo o BC, essa revisão é compatível com o resultado mais recente do Levantamento Sistemático da Produção Agrícola do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que aumentou a estimativa de safra para alguns produtos com elevada participação no setor da agricultura, como soja e milho.

A projeção para o desempenho da indústria apresentou ligeira redução de 0,2% para 0,1%, com recuo na estimativa para a indústria extrativa e elevação ou estabilidade nos demais setores.

“A redução na projeção para a indústria extrativa, de 1,5% para -1,6%, reflete diminuição no prognóstico da Petrobras para produção de petróleo em 2019 e a expectativa de que a recuperação da produção de minério de ferro, após o rompimento da barragem de mineração em Brumadinho, ocorra de forma mais gradual”, afirma o documento.

Em sentido oposto, acrescenta, após o resultado do segundo trimestre, as estimativas para a indústria de transformação e para a construção civil foram revisadas de -0,3% para -0,2% e de -1,0% para 0,1%, respectivamente.

A estimativa de crescimento para o setor de serviços em 2019 foi mantida em 1%.

Inflação – No cenário com estimativas do mercado financeiro para as taxas Selic (5% ao ano no fim de 2019 e 2020) e de câmbio (R$ 3,90 no final deste ano e de 2020), a projeção indica que a inflação, medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo finaliza 2019 em 3,3% e sobe para 3,6%, 3,7% e 3,8% em 2020, 2021 e 2022, respectivamente.

Em relação ao Relatório de Inflação de junho de 2019, a projeção reduziu em cerca de 0,3 ponto percentual para 2019 e 2020 e 0,2 ponto percentual para 2021. (ABr)

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