ACMinas e Sebrae realizam evento para Micro e Pequenas Empresas

Em comemoração ao Dia da Micro e Pequena Empresa, que acontece em 5 de outubro, a ACMinas e o Sebrae promovem, no dia 10 de outubro, um evento que conta com ciclo de palestras focadas em capacitação e networking, além de consultoria presencial.
Gratuito e com a participação de palestrantes de destaque, o evento busca atender demandas recorrentes do segmento como acesso ao crédito, a tecnologias voltadas para os pequenos negócios, cenários empresariais, profissionais e de marketing, além de mentorias e atendimentos individualizados.
No Brasil, as atividades empresariais tem se mostrado relevantes ao longo da história e confirmam a inerente habilidade de empreender por parte da população. Segundo pesquisa da Global Entrepreneurship Monitor (GEM 2018), comparativamente aos demais países integrantes do estudo, o Brasil detém a quinta maior proporção do total de empreendedores, com uma taxa de empreendedorismo de 38% do total da população adulta.
Isto significa que aproximadamente 52 milhões de pessoas entre 18 e 64 anos se envolveram com alguma atividade econômica, seja pela criação de um novo negócio, formalização ou consolidação de empreendimentos já existentes ou, ainda, a realização de intervenções com o objetivo de manter em funcionamento negócios já estabelecidos.
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O papel econômico e social dos pequenos negócios é inquestionável, visto atuam com grande relevância para o desenvolvimento regional, gerando oportunidades, emprego e renda.
Dados do Sebrae Nacional apontam o segmento como responsável por cerca de 27% do PIB em 2015 e, dois anos depois, totalizava quase 13 milhões de empresas localizadas predominantemente em São Paulo, Minas Gerais e Rio de Janeiro, com 48,5% do total. Em Minas, esse índice era de 10,9%.
No que diz respeito à oferta de postos de trabalho, estatística oficiais mostram que em 2016 as empresas de pequeno porte admitiram 9 milhões de trabalhadores, 60% a mais que as Médias e Grandes Empresas.
Desafios
Apesar desta já relevante atuação, a pesquisa GEM mostrou que mesmo tendo como características marcantes a criatividade e resiliência fatores conjunturais limitam a atividade empreendedora brasileira, criando entraves à competitividade e sustentabilidade dos negócios.
Entre eles, a necessidade de aperfeiçoamento e eficácia das políticas públicas dirigidas ao negócios, a adoção de modelos de gestão eficientes, qualificação das metodologias de capacitação, acesso ao crédito, redução da burocracia e da carga tributária e maior eficácia nas ações de educação empreendedora – este, um aspecto em que o Brasil não vai bem, ocupando apenas a 50ª posição numa lista de 54 países, o que revela despreparo da classe empresarial brasileira para empreender.
No tocante às limitações encontradas para o acesso ao crédito, vale dizer que tais dificuldades ocorrem, ironicamente, pela presença das altas taxas de saída no mercado das MPE. O grande número de fracassos alavanca o risco de empréstimo a esse segmento, fazendo com que os bons devedores paguem taxas de juros altas para compensar os possíveis não cumprimentos de dívida por empresários de projetos mal sucedidos.
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