IBC-Br tem alta de 0,07% em agosto

São Paulo – A atividade econômica brasileira voltou a ficar no azul na metade do terceiro trimestre, ainda que a um ritmo bastante lento e mantendo-se praticamente estagnada, apontaram dados do Banco Central divulgados ontem, mantendo a apreensão em torno da recuperação errante do País.
O Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), espécie de sinalizador do Produto Interno Bruto (PIB), subiu 0,07% em agosto, na comparação com o mês anterior, em dados ajustados sazonalmente informados pelo BC.
O resultado praticamente anula o ritmo com que a economia havia iniciado o terceiro trimestre, de recuo de 0,07% em julho, em dado revisado pelo BC de queda de 0,16% divulgado anteriormente.
A expectativa em pesquisa da Reuters era de avanço de 0,10% na comparação mensal. Na comparação com agosto de 2018, o IBC-Br teve queda de 0,73% e, no acumulado em 12 meses, houve alta de 0,87%, segundo números observados.
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O mês de agosto foi marcado por uma recuperação da indústria e o terceiro crescimento seguido nas vendas no varejo, embora os números ainda não sejam considerados um sinal de recuperação da atividade econômica.
A produção da indústria brasileira interrompeu três meses de perdas e registrou alta de 0,8%, no melhor resultado para o mês em cinco anos. O IBGE destacou, entretanto, que isso não representa uma reação do setor.
Já as vendas no varejo subiram 0,1% no mês, mas o ritmo mostra perda de força. Por outro lado, o volume de serviços apresentou recuo de 0,2% na comparação com julho, no quinto resultado negativo no ano.
A fraqueza da atividade econômica tem avalizado o cenário de cortes de juros pelo BC, que vem indicando de forma explícita novo alívio monetário após reduzir a Selic para a nova mínima histórica de 5,50% ao ano.
A mais recente pesquisa Focus do BC, divulgada ontem, mostra que os economistas estimam a Selic a 4,75% neste ano, com alta do PIB de 0,87%. Entretanto, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, passou a ver a taxa básica de juros a 4,50% em 2019. (Reuters)
Mercado reduz previsão para inflação em 2019
São Paulo – As estimativas de inflação recuaram na pesquisa Focus divulgada pelo Banco Central ontem, levando o grupo que mais acerta as previsões a reduzir ainda mais a expectativa para a taxa básica de juros neste ano.
O levantamento semanal apontou que a expectativa para a alta do IPCA neste ano caiu a 3,28%, de 3,42% antes. Para 2020, a conta foi reduzida em 0,05 ponto percentual, a 3,73%.
O movimento acontece na esteira da mudança de pesos no cálculo do IPCA informada na sexta-feira (11) pelo IBGE, com o grupo Transportes superando a Alimentação e se tornando o principal componente da inflação oficial brasileira a partir de janeiro de 2020.
O centro da meta oficial de 2019 é de 4,25% e, de 2020, de 4%, ambos com margem de tolerância de 1,5 ponto para mais ou menos.
Diante desse cenário, o Top-5, grupo dos que mais acertam as previsões, passou a ver a taxa básica Selic a 4,50% em 2019, de 4,75% na semana anterior, permanecendo nesse patamar em 2020.
Como um todo, a pesquisa ainda mostra que os economistas veem a Selic a 4,75% este ano, mas a estimativa caiu a 4,75% também em 2020, de 5,00% antes.
A Selic foi reduzida em setembro em 0,50 ponto, para 5,50% ao ano, nova mínima histórica, com o BC indicando de forma explícita novo alívio monetário.
Para o Produto Interno Bruto (PIB), não houve mudanças nas estimativas, com o crescimento calculado em 0,87% e 2,00% respectivamente em 2019 e 2020. (Reuters)
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